Rede Globo: Teledramaturgia e poder sob a ditadura
DOI:
https://doi.org/10.23925/nhengatu.v2i3.34260Keywords:
Rede Globo, Poder e Ditadura, TeledramaturgiaAbstract
A história da criação, instalação e desenvolvimento da Rede Globo no Brasil já é bastante conhecida, apesar de todos os esforços feitos pela feita família Marinho e porta-vozes, com o objetivo de ocultá-la ou falsificar deliberadamente os fatos. 1 Por essa razão, não é nosso objetivo discutir em detalhe esse capítulo tenebroso da história, mas sim as formas assumidas pela colaboração entre a Rede Globo e a ditadura militar, especialmente no campo da manipulação do imaginário. É certo, também, que muito já se escreveu sobre o tema, mais especificamente tendo como foco o Jornal Nacional e as narrativas ufanistas e patrióticas, destinadas a criar um clima consensual de sustentação da ditadura militar. Mas, relativamente pouco se discute o papel da teledramaturgia (telenovelas e minisséries) e do entretenimento na sustentação ideológica do regime. A teledramaturgia global costuma ser festejada como uma das mais competentes e sofisticadas do mundo. A rede exportava (e exporta) telenovelas para o mundo inteiro (incluindo países do bloco socialista, como China e Cuba), e estabelece padrões internacionais, estéticos e industriais, de produção. Mas a construção do “Padrão Globo de Qualidade” tem uma história, também ela total e indissoluvelmente vinculada à história da própria ditadura militar.Downloads
Published
2017-08-30
Issue
Section
Artigos
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
This license allows others to remix, adapt and create from your work for non-commercial purposes, and although new works must be credited to you and may not be used for commercial purposes, users do not have to license these derivative works under the same terms.