A NOOSFERA COMO ARQUIVO DE CULTURA: O REPASSE CULTURAL ANALÓGICO COEXISTINDO COM A LÓGICA DIGITAL NA COMUNICAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.23925/nhengatu.v0i4.39270Palabras clave:
Noosfera, Comunicação, Informatização, Transformação, Vínculos.Resumen
Este artigo versa sobre a noosfera, arquivo imaterial de cultura, e a informática como potencial transformadora na lógica desse sistema. A comunicação interpessoal opera como fio condutor na formação do ambiente de cultura constituído e constituinte de imagens endógenas e exógenas imbricadas ao pensamento linear e/ou analógico. Observa-se na linguagem interna, interpessoal, escrita ou inscrita um recurso estruturante ao pensamento, sociedade e cultura oferecendo sentido aos vínculos. Os produtos imaginativos desse sistema habitariam a noosfera constituindo um arquivo imaterial da humanidade, e estando presentes tanto na intencionalidade universal quanto em um de seus corolários: a comunicação digital em rede. Infere-se que a informática ao derivar do pensamento analógico eclode como potencialidade de uma noosfera precedente à lógica binária, ou hierarquicamente dependente. Indaga-se sobre as inerentes transformações desse sistema e dos vínculos quando um de seus elementos adota relativa autonomia na produção de sentidos, rompendo os limites entre o limiar e seu procedente. A crítica recai sobre a desconstrução de um sistema ancestral – a noosfera pelo pensamento analógico -, em prol de sínteses informatizadas que se constituem mais eficazes na mediação comunicacional.
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