El Cine Autobiográfico de la Mujer como Resistencia

El Autonombramiento y la Subversión de los Estereotipos del Cine de Hegemonía Patriarcal

Autores/as

  • Julia Fernandes Marques Universidade da Beira Interior

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-5023.2022.n6.e60866

Palabras clave:

Cine de Mujeres , Cine Político , Poscolonialidad, Autobiografía, Autorrepresentación

Resumen

Las películas autobiográficas son películas que proponen un diálogo entre las experiencias presentadas en pantalla y las experiencias de su director, o incluso remanentes de experiencias que la constituyen. Parten de una necesidad de ejercer el derecho a la palabra, de un discurso muchas veces sometido al silencio a través de ejercicios de poder recurrentemente patriarcales, monetarios, racistas, heterosexuales y colonialistas. Representadas desde un punto de vista externo, las mujeres subalternas se empoderan y crean formas de postularse como oportunidades para ser comprendidas como sujetos sociales, complejos y heterogéneos. Asimismo, abren nuevas reflexiones sobre la importancia del acto de filmarse a sí mismas como acto político de asumir el poder de narración sobre sí mismas y fomentan que ese acto sea ejercido por otras mujeres. Como parte del proyecto de investigación “Speculum: Filmarse y mirarse en el espejo: El uso de la autoescritura por documentalistas de lengua portuguesa” (EXPL/ART-CRT/0231/2021), financiado por la Fundação para a Ciência e tecnología, esta investigación tiene como objetivo reflexionar sobre un conjunto de obras que pueden representar resistencia al cine comercial hegemónico y formas estereotipadas de representación de la mujer. A través del ejercicio de análisis fílmico, se pretende reflejar cómo ciertas obras desmontan representaciones cristalizadas sobre la experiencia de ser mujer, también en las interseccionalidades que dialogan con esta misma experiencia. Para ello, analizaremos trabajos de cineastas brasileñas: Tila Chitunda, Mayara Santana, Vanessa Santos de Oliveira, Patrícia Ferreira Pará Yaxapy y Sofia Pinheiro, además de Yasmin Thayná y los integrantes del Coletivo de Mulheres de Pedra.

Biografía del autor/a

Julia Fernandes Marques, Universidade da Beira Interior

Bolsista de investigação em: “Speculum: Filmar-se e ver-se ao espelho: O uso da escrita de si por documentaristas de língua portuguesa” (EXPL/ART-CRT/0231/2021) (FCT), doutoranda em Media Artes na Universidade da Beira Interior (UBI), membro colaboradora do LabCom, Unidade I&D da Faculdade de Artes e Letras da UBI, mestra em Cinema e Narrativas Sociais (PPGCINE-UFS).

Citas

ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 1965.

AUMONT, Jacques. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995. self-representation

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo, vol. 1. Lisboa: Bertrand Editora, 1976.

BHABHA, Homi. The voice of the dom: retrieving the experience of the once-colonized. Times Literary Supplement, n. 4923, p. 14-15, ago. 1997.

COSTA, Flávia Cesano. As ruidosas mulheres do cinema silencioso. In: HOLANDA, Karla (org.). Mulheres de cinema. Rio de Janeiro: Numap, 2019. p. 19-36.

DE LAURETIS, Teresa. Figures of resistance: essays in feminist theory. Chicago: University of Ilinois Press, 2007.

ENGEL, Friedrich. The origin of the family, private property and the state. Edinburgh: Penguin Classics, Kindle Edition, 2010.

FERREIRA, Ceiça; SOUZA, Edileuza Penha. Formas de invisibilidade e (re)existência no cinema de mulheres negras. In: HOLANDA, Karla; TEDESCO, Marina Cavalcanti (org.). Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro. Campinas: Papirus, 2017. p. 175-186.

GUIMARÃES, César Geraldo. A cena e a inscrição do real. Galáxia, n. 21. p. 68-79, 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/5747/4602. Acesso em: 27 dez. 2022.

HALL, Suart. The spectacle of the “Other”. In: HALL, S.; EVANS, J.; NIXON, S. (ed.). Representation: cultural representations and signifying practices. London: Sage, 1997. p. 225-279.

HOLANDA, Karla. O outro lado da lua no cinema brasileiro. In: HOLANDA, Karla. (org.). Mulheres de cinema. Rio de Janeiro: Numap, 2019. p. 137-167.

HOOKS, Bell. The oppositional gaze: black female spectators: In: HOOKS, Bell. Real to real: race, class and sex at the movies. New York; London: Routledge, 2009. p. 253-274.

JOHNSTON, Claire. Notes on women’s cinema. London: Society for Education in Film and Television, 1973.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LUÑO, Perez. Los derechos fundamentales. Madrid: Tecnos, 2004.

MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas e pós-cinemas. Campinas: Papirus, 1997.

MASCARELLO, Fernando (org.). História do cinema mundial. Campinas: Papirus, 2006.

MAYNE, J. The woman at the key hole: feminism and women’s cinema. Bloomington; Indianapolis: Indiana University Press, 1990.

MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo. In: XAVIER, I. (org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983. p. 437-454.

OLIVEIRA, Janaína. “Kbela” e “Cinzas”: o cinema negro no feminino do “Dogma Feijoada” aos dias de hoje. Avanca | Cinema 2016. Avanca: Cine-Clube de Avanca, 2016. p. 646-654.

PEREIRA, Ana Catarina. A mulher-cineasta: da arte pela arte a uma estética da diferenciação. Covilhã: LabCom: IFP, 2016.

RICH, B. R. Filme pessoal. Women and Film, n. 7, 1975.

SHOHAT, Ella. Culture imperiale et différence sexuelle: pour une ethnographie féministe du cinema. CinémAction – 20 ans de théories féministes sur le cinéma, Courbevoie, n. 67, p. 39-45, 1993.

SMITH, Sharon. (1972). The image of women in film: some suggestions for future research. In: BEH, S. H.; SAUNIE, S. (ed.). Women and film. Berkeley, California, 1972.

STRATHERN, Marilyn. Uma relação incômoda: o caso do feminismo e da antropologia. Mediações, Londrina, v. 14, n. 2, p. 83-104, jul./dez. 2009.

THAYNÁ, Yasmin. Mc K-bela. In: SALLES, Ecio; LUDEMIR, Julio (org.). Flupp Pensa – 43 novos autores. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2012. p. 7-16.

VEIGA, Ana Maria. Teoria e crítica feminista: do contracinema ao filme acontecimento. In: HOLANDA, Karla (org.). Mulheres de cinema. Rio de Janeiro: Numap, 2019. p. 261-278.

VIEIRA, Luciana Oliveira; COLUCCI, Maria Beatriz. Um modo Elekô de pensar e fazer cinema. Ambivalências, v. 8, n. 15, p. 13-25, 2020.

Filmografia

A ENTREVISTA; Direção: Helena Solberg. Brasil, 1966. (20min)

DEMOCRACIA em vertigem; Direção: Petra Costa. Brasil, 2019. (121min)

DONA Vilma; Direção: Vanessa Santos de Oliveira. Brasil, 2016. (25min)

ELEKÔ; Direção: Coletivo de Mulheres da Pedra. Brasil, 2015. (06min)

ELENA; Direção: Petra Costa. Brasil, 2012. (90min)

FOTOGRÁFRICA; Direção: Tila Chitunda. Brasil, 2016. (25min)

INDÚSTRIA; Ana Carolina. Brasil, 1969. (12min)

KBELA; Direção: Yasmin Thayná. Brasil, 2015. (21min)

LAVRA-DOR; Direção: Paulo Rufino e Ana Carolina. Brasil, 1968. (11min)

MARIGHELLA; Direção: Isa Grinspum Ferraz. Brasil, 2011. (100min)

NOME DE BATISMO – Alice; Direção: Tila Chitunda. Brasil, 2017. (25min)

OS DIAS com ele; Direção: Maria Clara Escobar. Brasil, 2013. (107min)

PERSON; Direção: Marina Person. Brasil, 2007. (74min)

REBU, egolombra de uma sapatão quase arrependida; Direção: Mayara Santana. Brasil, 2020. (21min)

TEKO HAXY: Ser imperfeita; Direção: Patrícia Ferreira e Sofia Pinheiro. Brasil, 2018. (40min)

Filmes, Preto e branco, Estrelas. Fonte: Banco de imagens gratuito Pixabay

Publicado

2022-12-15