IN MEMORIAM: PENSANDO ENSINO E PESQUISA EM RÁDIO, TELEVISÃO E INTERNET
DOI:
https://doi.org/10.23925/nhengatu.v0i4.39273Palavras-chave:
Ensino, Pesquisa, Radiofonia, Fronteira, Cultura do Ouvir.Resumo
Este artigo versa sobre a noosfera, arquivo imaterial de cultura, e a informática como potencial transformadora na lógica desse sistema. A comunicação interpessoal opera como fio condutor na formação do ambiente de cultura constituído e constituinte de imagens endógenas e exógenas imbricadas ao pensamento linear e/ou analógico. Observa-se na linguagem interna, interpessoal, escrita ou inscrita um recurso estruturante ao pensamento, sociedade e cultura oferecendo sentido aos vínculos. Os produtos imaginativos desse sistema habitariam a noosfera constituindo um arquivo imaterial da humanidade, e estando presentes tanto na intencionalidade universal quanto em um de seus corolários: a comunicação digital em rede. Infere-se que a informática ao derivar do pensamento analógico eclode como potencialidade de uma noosfera precedente à lógica binária, ou hierarquicamente dependente. Indaga-se sobre as inerentes transformações desse sistema e dos vínculos quando um de seus elementos adota relativa autonomia na produção de sentidos, rompendo os limites entre o limiar e seu procedente. A crítica recai sobre a desconstrução de um sistema ancestral – a noosfera pelo pensamento analógico -, em prol de sínteses informatizadas que se constituem mais eficazes na mediação comunicacional.
Referências
ADORNO, Teodor W.. e HORKHEIMER, Max. A Indústria Cultural. O Iluminismo como Mistificação de Massa. In: LIMA, Luiz Costa (org) Teoria da Cultura de Massa, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
BAITELLO Jr, Norval. Corpo e imagem: comunicação, ambientes, vínculos. In: RODRIGUES, David (org) Os Valores e as Atividades Corporais. São Paulo: Summus, 2008
BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica In: Obras Escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. SP: Brasiliense,1985.
CAMPBELL, Joseph. O Poder do Mito SP: Palas Athena,1990.
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. 2ª ed. SP: Perspectiva, col. Debates, v.19, 1972.
FREITAG, Bárbara. Política Educacional e Indústria Cultural SP: Cortes Editora, 1989.
JOSÉ, Cármen Lúcia. Poéticas do Ouvir (1ª versão). Verso Reverso. São Leopoldo: Revista do Programa de Pós-Graduação da UNISINOS, 2002.
LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. RJ: Editora 34, 1993.
LOTMAN, Iuri. La Semiosfera I. Semiótica de la cultura y del texto. ed. Desiderio Navarro, Madrid: Frónesi Cátedra Universitat de Valência, s.d.
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. SP: Edições Loyola, 1992.
McLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. SP: Cultrix, 10ª ed.,1995.
NAVARRETE, Helena M. C. O Plano Ceibal e a constituição de ambientes comunicacionais. In: Comunicação e Cultura do Ouvir. (org.) MENEZES, José Eugenio de O. e CARDOSO, Marcelo. São Paulo: Plêiade, 2012
PIGNATARI, Décio. Signagem da Televisão. SP: Brasiliense, 1984.
SANTAELLA, Lucia. Cultura das Mídias. SP: Experimento,1996
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.