A Água Como Motor de Criatividade

Texto Ensaístico Sobre Pensamento Decolonial Através do Elemento

Autores

  • Rafaela de Araujo Vieira de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.23925/2318-5023.2022.n6.e60811

Palavras-chave:

Água, Capitaloceno, Decolonialidades, Imaginação

Resumo

Este artigo aborda cosmovisões e filosofias decoloniais para pensar na água como um motor de criação e imaginação de vidas e mundos possíveis. Trata-se de um texto ensaístico a respeito do elemento em sua potência máxima, como em um rompimento de uma barragem de represa: incontrolável e invencível. O objetivo é identificar, de maneira interdisciplinar, as possibilidades de saberes intelecto-corporais a partir desta contemplação. Como método, reunimos documentos como exposições artísticas, documentários, discursos públicos, entrevistas e textos acadêmicos, bem como canções da Música Popular Brasileira de Elza Soares, Liniker e Luedji Luna. A partir disso, formulamos interpretações sobre metáforas com a água, seus efeitos materiais e empíricos, a fim de vislumbrar a importância deste elemento no ato cotidiano de criar, lembrar e viver. Veremos se é possível reabitar existências brasileiras para além do trauma e do “Capitaloceno”, além dos entraves da commoditização da água e das armadilhas coloniais de raça e gênero. Ainda falaremos sobre as problemáticas sociopolíticas do estresse hídrico em grandes metrópoles como o Rio de Janeiro, as quais promovem uma ‘guerra d’água’. Ao final do artigo, veremos que a água é um motor de criatividade e pensamento de vida, por meio de processos de investigação e imersão interna, memória coletiva e bem-estar com o meio ambiente. Nesse texto ensaístico, afirma-se que o ecocentrismo é uma alternativa de mudança da nossa episteme. Concluiremos que a água pode estabelecer vínculos entre os diversos atores do mundo, sobretudo através de um mergulho profundo, com zelo e afeto.

Biografia do Autor

Rafaela de Araujo Vieira de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na linha de Cultura das Mídias, Imaginário e Cidade, com fomento da Capes e orientação da Prof.ª Dr.ª Cíntia Sanmartin Fernandes

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Publicado

2022-12-15