Podemos dizer que a alimentação é uma junção entre o natural – sobrevivência – e o cultural – encarregado, este, de ditar todo o resto. Apesar da internacionalização da indústria alimentícia as religiões podem ditar o que se deve comer e o que não se deve. Nesse conjunto de interditos e modos de se alimentar inclui-se o vegetarianismo, que vem atraindo contingentes populacionais significativos na contemporaneidade. Nesse sentido, este artigo trata dos argumentos religiosos como legitimadores da prática vegetariana encontrados em minha dissertação de Mestrado intitulada: A prática vegetariana em Rio Claro: corpo, espírito e natureza. Os dados foram coletados através de fontes primárias e secundárias. Foi possível constatar nas fontes primárias que os argumentos religiosos legitimam a prática vegetariana. Quando a prática do vegetarianismo não diz respeito a obrigações religiosas como foi o caso dos Adventistas do Sétimo Dia e do Espírita-cristão, ela parece caracterizar a emergência de participantes dos novos movimentos religiosos.
Biografía del autor/a
Beatriz Bresighello Beig
Mestre em Pedagogia da Motricidade Humana - UNESP – Rio Claro