O Diabo e a Indústria Cultural: as diversas faces da personificação do mal nas telas de cinema

Autores

  • Marcos Renato Holtz de Almeida Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palavras-chave:

Indústria Cultural, Diabo

Resumo

Esta pesquisa abordará as diferentes faces e fases destinadas à representação simbólica da figura mítica do Diabo pela arte mediante o devir sócio-histórico-cultural do ocidente desde a Idade Média até a modernidade. Assim, a produção artística de bens simbólicos sobre o Diabo adquiriu diversos contornos desde os séculos finais da Idade Média, como, por exemplo, a importância dada a ele – o Diabo – no século XIV, resultando no seu fortalecimento e presença enquanto figura necessária à moralização de uma sociedade supostamente pecadora, de acordo com os teólogos da época; e, mediante o devir histórico, vivenciou sua transformação e reprodução em mercadoria padronizada e descartável no século XX. Tomando por base esse cenário, por meio da ação da Indústria Cultural, o imaginário existente sobre o Diabo passou a ser utilizado pela indústria do entretenimento e pela sociedade de consumo como mercadoria capaz de satisfazer os gostos das sociedades e das culturas contemporâneas. Por um lado, além de permanecer como uma possível explicação para a presença do mal no mundo, o símbolo mítico do mal – o Diabo, por outro lado, enfrentou o enfraquecimento de sua função religiosa e tornou-se um instrumento a serviço da ideologia dominante da sociedade e das engrenagens da indústria capitalista.

Biografia do Autor

Marcos Renato Holtz de Almeida, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutor em Sociologia pela Unesp/Araraquara-SP

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