Caleidoscópios, choques e distanciamentos
Do palco ao cinema com Bertolt Brecht e Walter Benjamin
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-9215.2023v9n1D6Palavras-chave:
Cinema, Teatro Épico, Walter Benjamin, Choque, Bertolt BrechtResumo
Neste artigo procurou-se refletir sobre as possibilidades da arte como espaço de experimentação dialética no teatro, e principalmente no cinema, a partir da relação intelectual entre Bertolt Brecht e Walter Benjamin, que rendeu uma constelação de noções e conceitos dos quais nos valemos para apresentar as aproximações entre as concepções dos dois interlocutores sobre a arte e política. Discorremos sobre os principais procedimentos do teatro épico de Brecht e a leitura crítica de Benjamin, além de expor as possíveis consequências dessa influência para o pensamento deste último sobre as potencialidades do cinema como um novo campo estético capaz de ensinar as massas a restabelecer as regras do jogo com a técnica e com a natureza.
Referências
BENJAMIN, W. Ensaios sobre Brecht. Tradução de Claudia Abeling.São Paulo: Boitempo, 2017a.
BENJAMIN, W. Baudelaire e a modernidade. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017b.
BENJAMIN, W. Estética e sociologia da arte. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017c.
BENJAMIN, W. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Tradução de Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre: Zouk, 2018.
DAMIÃO, C. M. Sobre o significado de épico na interpretação benjaminiana de Brecht 1. p. 186–201, 2007.
DELLA TORRE, B. C. Benjamin leitor de Brecht: cinema e distanciamento. Pandaemonium Germanicum, v. 17, n. 24, p. 37–52, 2014.
ROSENFELD, A. O teatro épico. São Paulo: Perpectiva, 1997.
WIZISLA, E. Benjamin e Brecht: História de uma amizade. Tradução de Marlene Holzhausen e Carlos Eduardo J. Machado. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013.
WOHLFARTH, I. Spielraum. O jogo e a aposta da “segunda técnica” em Walter Benjamin. Tradução de Luciano Gatti. Revista Limiar, v. 3, n. 6, p. 3–53, 2016.
XAVIER, I. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
Vídeo: BRECHT, B. Brecht e o cinema. Versátil Filmes, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Cedo à revista Paralaxe os direitos autorais de publicação de meu artigo e consultarei o editor científico da revista caso queira republicá-lo depois em livro.