Cinema, alucinação e linguagem onírica
A psicanálise na velocidade das telas surreais de David Lynch
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-9215.2023v9n1D7Palavras-chave:
Cinema, Sonhos, PsicanáliseResumo
Apresenta-se neste artigo a tentativa de enunciar o entrelaçamento familiar entre a produção fílmica, a formação dos sonhos, e a linguagem onírica. A aproximação desses objetos como cinema, linguagem e composição imagética dos sonhos é bem pontuada nos estados estéticos cinematográficos do diretor, David Lynch. Assim, como dialógica complementar acerca da formação dos sonhos, do cinema e da imagem no seio de nossa cultura capitalista, percorremos também pela via da tradição filosófica da Teoria Crítica da Sociedade para a qual os dispositivos tecnológicos em tela funcionam como descarga de estimulação fora do normal impossível de ser absorvida pelo sistema nervoso. Semelhante aos pesadelos recorrentes dos soldados de guerra tal estimulação tecnológica tem igual propósito, direcionar o usuário à compulsão de repetição agitada, viciante e rápida para poder mitigar o choque traumático por meio da hiperinflação de imagens.
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