Entrevista com Otília Arantes: mediações entre Teoria Crítica, Arquitetura e cidades
Abstract
Nesta entrevista com Otília Arantes – filósofa e professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo – a autora repassa, de certo modo, seu percurso intelectual e algumas das problemáticas nas quais se deteve em sua trajetória: as contribuições de Adorno, Benjamin, Manfredo Tafuri e Fredric Jameson, no que diz respeito às relações entre modernização capitalista e processos de estetização da realidade social, o que a levou a atentar para a chamada virada cultural, cujos correlatos nas cidades e na arquitetura são muitos. A autora deixa claro mais uma vez em que medida a Teoria Crítica visa não tanto encontrar perspectivas interdisciplinares, mas sobretudo enfrentar as condições concretas de produção de arquitetura e de cidades no interior do todo social. Isto significa, por exemplo, analisar Berlim e Barcelona como imagens estratégicas de um urbanismo hegemônico nas global cities do último quartel do século XX; compreender a dialética da modernidade arquitetônica e a crise do pensamento urbano. Significa vislumbrar no crescimento chinês o novo patamar do urbanismo onírico do XXI e, ainda, inserir na pauta das cidades as forças que conferem novos contornos às representações espaciais e às dinâmicas urbanas após a deflagração da crise de 2008 e as mobilizações de 2013 no Brasil.
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Cedo à revista Paralaxe os direitos autorais de publicação de meu artigo e consultarei o editor científico da revista caso queira republicá-lo depois em livro.