ENTRE A ÂNCORA DE CARREIRA E A ESCOLHA PROFISSIONAL – ANÁLISE DAS PRIMEIRAS DEFINIÇÕES DE CARREIRA DOS FORMANDOS DE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM SÃO PAULO
Resumo
Os desdobramentos da flexibilização das relações de trabalho – fortemente presente no toyotismo – sobre a gestão da carreira provocaram intensificação da transferência de responsabilidade da empresa em relação à carreira para o indivíduo ou, no mínimo, da divisão dessa responsabilidade. Nesse quadro, o conceito de “âncora de carreira” proposto Edgard Schein evidencia sua importância, por oferecer um norte nas decisões e escolhas profissionais do indivíduo. O objetivo é testar a hipótese principal de análise da pesquisa que se refere ao reconhecimento, ou não, da relação âncoras de carreiras versus escolha da carreira profissional e da constatação de sua eficácia a partir do suporte oferecido na universidade. A análise dos dados coletados exigiu a construção de nomenclatura própria quanto ao predomínio da primeira âncora na escolha profissional, em contraposição com as escolhas secundárias. A opção por “estilo de vida” como âncora de carreira principal, com alta incidência estatística em dois anos consecutivos de observação, 2007 e 2008, seguida por “puro desafio”, sugerem que as expectativas construídas nas grades curriculares em torno da capacitação para a gestão organizacional ou mesmo para a ênfase no esforço de empreender não geraram a correspondente absorção entre o corpo discente dos formandos do curso de administração de Empresas avaliado. As âncoras de “Gerência Geral” e “Criatividade Empreendedora” – que teriam maior afinidade com os temas da administração – obtiveram escolhas secundárias. Observe-se também, que os reflexos das tensões externas no mundo do trabalho, por exemplo, a forte pressão da crise econômica no segundo semestre de 2008, com significativa perda de empregos, não gerou impacto nas expectativas e escolhas profissionais do universo pesquisado.
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