O salto alto como símbolo: das dificuldades femininas à subversão feminista
Palavras-chave:
Imagem feminina, Comunicação e consumo, Poder simbólico dos calçados femininosResumo
O artigo investiga as trajetórias das mulheres por meio dos calçados femininos, entendendo-os como ferramentas sociais de pertencimento e poder simbólico. Para tanto, foram analisados os episódios 9 (Temporada 6) de Sex and the City e 5 (Temporada 3) de And Just Like That… a partir da relação da personagem Carrie Bradshaw e o uso de seus calçados de salto alto – aqui compreendidos, também, como símbolos de sua construção e reafirmação identitária e emocional ao decorrer da narrativa. Analisamos os calçados como mediadores das experiências sensíveis de ir e vir dos espaços que as mulheres ocupam ou desejam ocupar, bem como o impacto das escolhas feitas por elas ou das situações às quais são submetidas. Articulamos Bourdieu (2021); Orlandi (2023); Saffioti (2015); Wittig (2022); Flusser (2007); Godart (2011); Sodré (2016), dentre outros autores.
Referências
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Edições 70, 2021.
BOURDIEU, Pierre. Sociologia geral – v. 2: habitus e campo: curso no Collège de France (1982–1983). Petrópolis, RJ: Vozes, 2021a.
COURTINE, Jean-Jacques. Decifrar o corpo: pensar com Foucault. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991. Disponível em: https://doi.org/10.2307/1229039
. Acesso em: 25 set. 2025.
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
GODART, Frédéric. Sociologia da moda. São Paulo: Editora Senac, 2010.
JACKSON-EDWARDS, P. Waitress shares a photo of her bleeding feet on Facebook after working a full shift in heels (and says her manager still made her wear them the next day). Daily Mail, 2016. Disponível em: https://www.dailymail.co.uk/femail/article-3584336/Waitress-shares-photo-bleeding-feet-Facebook-working-shift-heels.html
. Acesso em: 25 set. 2025.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 6. ed. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MCROBBIE, Angela. Notes on the perfect. Australian Feminist Studies, [S. l.], v. 30, n. 83, p. 3–20, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/08164649.2015.1011485
. Acesso em: 2 jan. 2015.
MULVEY, Laura. Visual pleasure and narrative cinema. Screen, [S. l.], v. 16, n. 3, p. 6–18, 1975. Disponível em: https://academic.oup.com/screen/article/16/3/6/1603296
. Acesso em: 1 out. 2025.
ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
SEGATO, Rita Laura. Contra-pedagogías de la crueldad. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Prometeo Libros, 2018.
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? São Paulo: Edições Loyola, 2002.
SODRÉ, Muniz. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016.
SONTAG, Susan. Sobre as mulheres. Lisboa: Quetzal Editores, 2024.
SOUZA, Jô. Gramática de consultoria de imagem. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2023.
VICTORIA AND ALBERT MUSEUM. Shoes: pleasure and pain: catálogo da exposição de verão. London: V&A Publishing, 2015.
WITTIG, Monique. O pensamento hétero e outros ensaios. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ponto-e-Vírgula

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.


