Saskia Sassen “Não é imigração, é expulsão”
DOI:
https://doi.org/10.23925/1982-4807.2015i18p%25pKeywords:
Saskia Sassen, ImigraçãoAbstract
Eleita uma das 50 pensadoras globais mais influentes (Prospect, em 2014) também figura na lista dos cem principais pensadores mundiais ( de acordo com a Foreign Policy, em 2011), a socióloga Saskia Sassen é conhecida, sobretudo, por difundir o conceito de “cidade global”. Seus estudos sempre seguiram a trilha aberta por essa categoria amplamente consensual na Sociologia Urbana. No entanto, esse percurso a encaminhou para outros meandros da Sociologia da Globalização – subárea explorada por esta professora da Columbia University e título de livro já traduzido em português. Um destes destinos de pesquisa é o tema da imigração. A inquietude típica de suas análises, porém, levou-a à contestação dessa categoria. Essa e tantas outras que ela enquadra em um “ambiente familiar” de categorias sociológicas que em nada esclarecem a realidade contemporânea. Ela recomenda aos sociólogos “desestabilizar os conceitos estáveis”.
É por isso que seu livro mais recente, a ser lançado em outubro pela editora Paz & Terra, recebeu o título de “Expulsões”. Nessa entrevista, concedida (por e-mail) após palestra realizada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no dia 13 de junho, Saskia Sassen explica: “O momento da expulsão é o momento de uma condição familiar que se torna extrema. Você não é simplesmente pobre, você está com fome, perdeu sua casa, vive em barraco. Ou com a terra e com a água: não são simplesmente degradadas, terras ou águas insalubres. São mortas, acabadas. Nós tendemos a parar no extremo. Não entrar nele. O extremo é muito, muito feio e não temos conceitos para capturá-lo”.
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