Bem-estar na escola e percepção da discriminação de gênero por meninas

Autores

  • Benedito Rodrigues dos Santos International Institute for Child Rights and Development, Universidade de Victoria
  • Lêda Gonçalves de Freitas Universidade Católica de Brasília
  • Nair Cristina da Silva Tuboiti Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2022i55p80-87

Palavras-chave:

Bem-estar, Escolas, Gênero, Meninas, Educação

Resumo

Este artigo analisa, a partir da pesquisa “Ser Menina no Brasil”, o bem-estar na escola e a (pouca) percepção da discriminação de gênero por meninas de 6 a 14 anos. Foram utilizados os dados quantitativos da Amostra-Escola, que envolve 1.609 meninas, de 21 municípios brasileiros, referente à dimensão “Escola e Escolarização” e que aponta a percepção das meninas sobre a frequência às aulas, os motivos de faltar à escola, os níveis de aprovação e reprovação, a interrupção dos estudos, os motivos de expulsão, as tarefas escolares, as relações de gênero no contexto escolar e a satisfação e bem-estar na escola. A análise indicou uma percepção favorável ao bem-estar na escola e relações de gênero benéficas para as meninas. Estudos assim devem focar o contexto educativo, o qual possibilita a inserção e a construção de um lugar de pertencimento e a ruptura com uma cultura de desigualdade social que ainda mascara a exclusão.

Referências

Bourdieu, P. (1998). Os três estados do capital cultural. In: M. A. Nogueira, & A. Catani (Org.). Escritos de educação (2a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Brasil. (1996a). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011.

Brasil. (1996b). Lei 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9424compilado.htm, em 15 agosto, 2016.

Brasil. (2007). Lei 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11494.htm, em 15 agosto, 2016.

Brasil. (2009a). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas.

Brasil. (2009b). Emenda Constitucional n. 59, de 11.11.09.Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm, em 6 abr., 2017.

Brasil. (2014a). Plano Nacional de Educação 2014-2024: Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara. Recuperado de: http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-refe rencia.pdf., em 15 agosto, 2016.

Brasil. (2014b). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. Censo Escolar da Educação Básica 2013: resumo técnico. Brasília: Inep. Recuperado de: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/re sumo_tecnico_censo_educacao_basica_2013.pdf., em 15 agosto, 2016.

Brasil. (2014c). Ministério da Educação. Relatório Educação para Todos no Brasil, 2000-2105. Brasília: MEC. Recuperado de: http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002326/232699POR.pdf, em 15 agosto, 2016.

Brasil. (2015). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. IPEA. Nota Técnica PNAD 2014 – breves análises (número 22). Brasília, DF: IPEA. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6777/1/Nota_n22_pnad_2014.pdf, em 15 agosto, 2016.

Farranha, A. C. (2014). Equidade e participação: percurso na construção de um programa de governo. In: Revista do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (Edição Especial 10 Anos da SPM, Ano IV), 5, 97-112. Recuperado de http://agenciapatriciagalvao.org.br/wpcontent/uploads/2014/06/RevistaObservatorio-10-anos-SPM.pdf, em 10 agosto, 2016.

Felipe, J. (2001). Sexualidade, gênero e novas configurações familiares: algumas implicações para a Educação Infantil. In: C. Craidy, & G. E. Kaercher (Orgs.). Educação infantil: para que te quero? Porto Alegre: Artmed, 61-66.

Garcia, M. L. D. G.; Cal, D. G. R., & Moraes, C. R. (2016). Marcações de gênero no espaço escolar e a percepção das meninas. In: Freitas, L. G. e Santos, B. R. (Orgs.). Ser menina no Brasil Contemporâneo (1a ed.). Curitiba, PR: CRV.

Izoton, R. (2015). Trabalhando as relações de gênero na Educação Infantil: uma contribuição das práticas de Filosofia e Ciências Sociais. Revista Café com Sociologia, v. 4, n. 2. Recuperado de: http://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/49 8/pdf_1, em 5 maio, 2017.

Louro, G. L. (2008). Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, 19(2). Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf, em 6 abril, 2017.

Machado, W. L., & Bandeira, D. R. (2012). Bem-estar psicológico: definição, avaliação e principais correlatos [versão eletrônica], Estud. psicol., 29(4), 587-595. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2012000400013

Downloads

Publicado

2023-08-22

Edição

Seção

Artigos