Aspectos sociodemográficos relacionados à agressividade e ao fanatismo em uma torcida de futebol
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2020v29i1p246-272Palavras-chave:
Fanatismo, Agressividade, Torcida de FutebolResumo
Esta pesquisa objetivou verificar a correlação entre fanatismo, agressividade e dados sociodemográficos, em torcedores homens, do Sport Club Corinthians Paulista. A pesquisa se faz relevante à medida que os confrontos entre torcedores são frequentes. Para tanto, foram aplicados em 150 torcedores dois questionários: Questionário de Escala de Fanatismo em Torcedores de Futebol e Questionário de Agressividade de Buss-Perry. Os resultados revelaram uma correlação positiva entre fanatismo e as quatros dimensões da agressividade – física, verbal, raiva e hostilidade. As duas últimas foram as mais determinantes para a definição de um alto nível de fanatismo. Os torcedores mais jovens, assim como os com menor nível de instrução, apresentaram maior nível de fanatismo e agressividade, em todas as dimensões. Aqueles com menor renda, tinham maior nível de fanatismo e agressividade hostil e verbal; enquanto que, os solteiros apresentaram maior nível de agressividade hostil. Na perspectiva junguiana, podemos observar que há um rebaixamento do nível da consciência quando os torcedores estão em meio à multidão, o que pode ocasionar uma identificação maior com o time, levando o torcedor a sentir-se como sendo o próprio time. Este, levado por uma identificação inflada, pode cometer atos violentos.
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