Auditoria Interna como fortalecimento da governança corporativa nas empresas de capital aberto
DOI:
https://doi.org/10.23925/2446-9513.2015v2i2p56-72Palavras-chave:
Governança Corporativa, Auditoria Interna, Controle Interno.Resumo
A globalização, a evolução dos negócios e a formação de grandes conglomerados empresariais tornaram necessária a criação de leis e regulamentos para um maior controle das atividades empresariais, fazendo surgir o termo governança corporativa, principalmente em organizações de capital aberto. O presente trabalho visou a reflexão do papel da auditoria interna como instrumento de proteção aos investidores com a função de avaliar a gestão de risco e o controle interno na governança. O trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica, e apresentou conceitos sobre os termos envolvidos auditoria interna e governança corporativa, bem como efetuou reflexão sobre a relevância da auditoria interna como ferramenta da gestão, objetivando a tomada de decisão. Verificou-se que a auditoria interna não tem a responsabilidade ou autoridade para determinar mudanças na organização, nos sistemas, nas rotinas ou procedimentos. A sua finalidade se limita à apresentação de informações, sugestões ou recomendações, substanciadas, com a responsabilidade de serem levados ao conhecimento das áreas envolvidas. Verificou-se também que nas empresas de capital aberto existe o Conselho de Administração com função de controlar, fiscalizar a gestão dos diretores, examinar livros e papeis, contratos da companhia e quaisquer outros atos ligados à sua administração. Desta forma o grau de independência do Conselho de Administração vai depender da concentração acionária existente na empresa. Em países como o Brasil, onde a concentração acionária é maior, o Conselho sofrerá maior ou menor influência dos acionistas controladores. A influência que determinado grupo exerce sobre o Conselho de Administração reflete na ocorrência de conflito de interesses. Os principais Códigos de Melhores Práticas de Governança Corporativa recomendam a inclusão de conselheiros independentes buscando a redução dessas ocorrências. Diferentemente dos países em que a concentração acionária e menor, como nos Estados Unidos, e a influência é exercida pelos executivos.O resultado obtido indica que a auditoria interna, após vários acontecimentos que envolveram o abalo de credibilidade, deve concentrar os esforços para recuperar essa credibilidade das funções essenciais e se aprimorar para os novos desafios exigidos pelos novos tempos. Concluiu-se que a governança corporativa se utilizada, pode promover o bom relacionamento entre todas as partes envolvidas nos processos, bem como pode refletir maior transparência nas atividades e a consequente diminuição do conflito de interesses.