Análise da Evolução dos Custos Assistenciais das Operadoras de Plano de Saúde considerando Fator Moderador
DOI:
https://doi.org/10.23925/2446-9513.2018v5i2p139-154Palavras-chave:
Coparticipação. Custos. Fator Moderador. Operadoras de Planos de SaúdeResumo
O grande desafio da saúde suplementar é o controle dos custos médico-hospitalares. Manter o setor sustentável para promover também a manutenção da suplementação da saúde é a preocupação das operadoras e principalmente da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Diante desta necessidade, a própria regulação dos planos de saúde, faculta às operadoras a utilização de mecanismos de regulação financeira. O mecanismo mais utilizado é a coparticipação, que é a participação financeira do beneficiário na despesa assistencial. Diante de tais considerações, este artigo tem como objetivo avaliar o impacto da utilização de mecanismos de coparticipação nos custos assistenciais das operadoras de planos de saúde. Desta forma, adotou-se uma abordagem empírico analítica, para uma amostra final que contemplou 918 operadoras no período de 2013 a 2017. Para análise dos dados, empregou-se a abordagem de regressão linear com dados em painel. Os resultados permitiram concluir que a faculdade de utilização de coparticipação, como mecanismos de regulação financeira, por parte das operadoras de planos de saúde, cumpre sua principal função como fator moderador de custos assistenciais. Além disso, as análises do efeito das coparticipações, sobre as glosas e as contraprestações (mensalidades) das operadoras, também demonstraram que esse mecanismo, pode reduzir o risco moral por parte dos prestadores de serviços contratados pelas operadoras, em função das glosas e melhorar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, com menores reajustes por sinistralidade.