Perfil dos dirigentes das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) pela ótica da governança corporativa
DOI:
https://doi.org/10.23925/2446-9513.2023v10id60827Palavras-chave:
Governança Corporativa, Fundos de Pensão, Previdência PrivadaResumo
Este artigo objetiva analisar a evolução do perfil da estrutura mínima de governança das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFP). Aplicaram-se as técnicas de pesquisa quantitativa documental, com amostra de 280 entidades brasileiras, representando 93,02% da população, com dados segregados em dois períodos: (2013-2017) e (2018-2022). As variáveis qualitativas foram analisadas por meio de frequência relativa, considerando dois períodos; e teste de associação. Os resultados indicaram presença, embora minoritária, de profissionais com baixo nível de escolaridade; e predominância de homens na ocupação dos cargos, principalmente para gestão de recursos financeiros e dirigentes máximos de diretoria. A evolução evidencia redução da quantidade de gestores, como possível consequência da concentração de entidades multipatrocinadas; crescimento da participação feminina; ampliação da influência das patrocinadoras no Conselho Deliberativo e dos participantes no Conselho Fiscal. Os resultados ratificam a importância dos princípios e práticas de governança corporativa para subsidiar a mitigação dos riscos de competência técnica, de conflitos de interesses, e de desigualdade de gênero.
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