Risco sistemático de longevidade em planos previdenciários
DOI:
https://doi.org/10.23925/2446-9513.2023v10id63752Palavras-chave:
Previdência, Longevidade, Risco Sistemático, Solvência, Simulação de Monte CarloResumo
O risco de longevidade está presente na estrutura do sistema previdenciário brasileiro e pode ser definido como a probabilidade de os participantes de planos de previdência sobreviverem além do esperado. O objetivo geral deste trabalho é mensurar o impacto do risco de longevidade na solvência de planos de previdência com pagamento de benefícios vitalícios. Foi desenvolvido um modelo na linguagem Python que utilizou o processo de Simulação de Monte Carlo para desvendar as distribuições de probabilidades das provisões matemáticas para amostras com diferentes tamanhos. A partir da análise dos resultados, concluiu-se que o coeficiente de variação e a taxa de carregamento de contingência diminuem, tendendo a zero, à medida que o tamanho da população aumenta. Entretanto, a inclusão do risco sistemático de longevidade gera um cenário distinto, no qual a redução do carregamento de contingência atinge um limiar, ocasionando, portanto, reduções mínimas entre grupos de 5.000 a 50.000 segurados.
Referências
ARO, H. Longevity 8: Systematic and non-systematic mortality risk in pension portfolios. 2012. Disponível em: http://math.aalto.fi/~haro/bin.pdf
BRASIL. Lei complementar no 109, de 29 de maio de 2001. Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. Brasília, DF: Casa Civil, 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp109.htm. Acesso em: 15 jul. 2022.
BRASIL. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. PREVIC. Guia Previc de Melhores Práticas Atuariais para Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Superintendência Nacional de Previdência Complementar, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/orgaos/entidadesvinculadas/autarquias/previc/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-de-melhorespraticas/novo-guia-previc-melhores-atuariais.pdf/view. Acesso em: 22 jul. 2022.
BRASIL. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. PREVIC. Resolução CNPC nº 41, 09 de junho de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/conselho-nacional-de-previdencia-complementar/ementario-de-normas-do-conselho/resolucoes-cnpc/resolucao-no-41-de-2021.pdf. Acesso em: 12 set. 2022.
BRAVO, J. M. V. Tábuas de mortalidade contemporâneas e prospectivas: Modelos estocásticos, aplicações actuariais e cobertura do risco de longevidade. 2007. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade de Évora, Évora, 2007. Disponível em: http://hdl.handle.net/10174/11148. Acesso em: 12 jul. 2022.
CARDOSO, S. A arquitetura dos Planos CD e CV: A forma de pagamento dos benefícios de aposentadoria programada. 2009. Monografia (Graduação em Ciências Atuariais) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.
CARDOSO, S.; CHAGAS, D.; JÚNIOR, E.; ROCHA, A.; BATISTA, P. Pequenas e médias empresas como patrocinadoras de planos previdenciais em entidades fechadas de previdência complementar. Revista Contabilidade & Finanças, v. 17, p. 28-41, 2006.
CORRÊA, C. S. Tamanho populacional e aleatoriedade de eventos demográficos na solvência de RPPS municipais capitalizados. 2014. Tese (Doutorado em Demografia) – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
CORRÊA, C. S.; QUEIROZ, B. L.; RIBEIRO, A. J. F. Tamanho populacional e custeio previdenciário: como variações aleatórias afetam o risco de solvência de RPPS municipais. REDECA. Revista Eletrônica do Departamento de Ciências Contábeis & Departamentode Atuária e Métodos Quantitativos, 2014. Acesso em: 17 jul. 2022.
DIAS, C. R. B.; DOS SANTOS, J. Mensuração de passivo atuarial de fundos de pensão: Uma visão estocástica. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 2009. [S. l.: s. n.], 2009.
HÁRI, N; WAEGENAERE, A. D., MELENBERG, B.; NIJMAN, T. E. Longevity risk in portfolios of pension annuities, Insurance: Mathematics and Economics, Volume 42, Issue 2, 2008, Pages 505-519, ISSN 0167-6687, https://doi.org/10.1016/j.insmatheco.2007.01.012.
OLIVIERI, A.; PITACCO, E. Facing LTC Risks. In: PROCEEDINGS OF THE 32ND ASTIN COLLOQUIUM, 2001. Washington: [s. n.], 2001.
REILLY, F. L.; NORTON, E. A. Investimentos. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
RIBEIRO, V. L.; CHARIGLIONE,I. P. F. S.; SALMAZO DA SILVA, H. Risco de Longevidade e Mecanismos de Proteção para Fundos de Pensão: Revisão Sistemática de Literatura. Revista Kairós-Gerontologia, 23(1), 415-449. ISSNprint 1516-2567. ISSNe 2176-901X.São Paulo (SP), Brasil: FACHS/NEPE/PUC-S, 2020.
ROCHA, A. S. Custos com benefícios para o financiamento de cuidados de longa duração para idosos com dependência: Estimativas e projeções para o Brasil. 2015. Tese (Douturado em Demografia) – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
RODRIGUES, J. A. Gestão de risco atuarial. São Paulo: Saraiva, 2008.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Mainara de Paula Simões Cardoso, Alane Siqueira Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.