Escritos de viagem, a religião e a invenção do outro: representando identidade em "floresta das maravilhas"

Autores

  • Davi Silva Gonçalves Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.23925/2177-952X.2016v10i17p140-153

Palavras-chave:

Literatura de Viagem, América, Amazônia

Resumo

A proposta deste artigo é analisar como o conhecimento de mundo dos escritores de viagem do Velho Mundo determinou como estes entenderiam o espaço americano. Tal conhecimento é mais especificamente direcionado, em meu estudo, ao campo da religião e política, sendo que minha análise visa a escrutinar como tais áreas permitiram – e ainda permitem – que se chegasse a conclusões questionáveis, uma vez que tanto o cristianismo quanto o capitalismo (instituições cruciais na sociedade ocidental) possuem uma tradição normativa de desconsiderar a possibilidade de que quaisquer significados desviem de sua estrutura. Meu contexto específico, assim, concerne ao livro de viagens A Journey in Brazil (Agassiz, 1868) e a compilação de Maria Helena Machado do diário de William James – Brazil through the Eyes of William James (James, 2006) – ambos escritos durante a mesma viagem para a Amazônia. Os principais resultados da pesquisa são: os projetos ambiciosos de Louis Agassiz na América – mais especificamente na Amazônia – impossibilitaram que ele fosse tão desafiado pela viagem quanto William James; existe evidência literária suficiente para se afirmar que, em termos gerais, seu chauvinismo cristão o deixou imóvel frente à diferença.

Biografia do Autor

Davi Silva Gonçalves, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre em Literaturas de Língua Inglesa pelo Programa de Pós-Graduação em Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina.
Doutorando em Tradução Literária no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução na mesma instituição.

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