Shabbat: Memória da festa da Criação. Festa que canta, reflete e dança com o Criador e com as criaturas

Autores

  • Paulo Antônio Alves

DOI:

https://doi.org/10.23925/2177-952X.2017v11i19p94-107

Palavras-chave:

Shabbat, Criação, Santidade, Bênção, Memória, Festa

Resumo

O Decálogo ou 10 Palavras é um texto da Torá de Moisés que apresenta duas versões do mesmo mandamento sabático. Uma no livro do Êxodo 20,8-11 e outra no Deuteronômio 5,12-15. A primeira inicia o mandamento com o verbo: fazer memória (lembrar) e a segunda, com o verbo: guardar. Na primeira versão, o mandamento está ligado à memória da Criação, enquanto a segunda faz memória da Libertação. Este artigo se propõe tratar, de modo abrangente, da primeira versão do mandamento do sétimo dia. Nele a palavra shabbat aparece no feminino como elemento de fecundidade ligado ao conceito teológica da Criação. A shabbat é convite a cessar e descansar para contemplar o Criador com a família e as criaturas. É mandamento-palavra cuja vivência resulta em benção, santidade, encontro e dança. É mandamento-palavra-ensinamento que instrui o ser humano para tomar consciência de sua responsabilidade de ser criado para cuidar do (a) próximo (a) e do mundo: nossa Casa Comum até o fim da história onde toda a Criação tende para a Shabbat eterna na qual o Deus Criador / Libertador / Rabbi / Gracioso será “tudo em todos” (1Cor 15,28) no Espírito por meio de seu Filho: o Senhor da Shabbat (Mc 3,28) e tempo no qual “todo Israel será salvo” (Rm 11,26).

Biografia do Autor

Paulo Antônio Alves

Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Docente do Centro Cristão de Estudos Judaicos (CCEJ)

Downloads

Publicado

2017-09-12

Edição

Seção

ARTIGOS