O Autônomo no Pensamento de Santo Tomás de Aquino
uma resposta à leitura de Francis Schaeffer
DOI:
https://doi.org/10.23925/2177-952X.2022v16i29p37-50Palavras-chave:
Razão, Intelecto, Autonomia, Salvação, Irracionalidade, ModernidadeResumo
Neste breve escrito pretendemos refletir acerca de uma concepção atinente ao pensamento de Santo Tomás de Aquino, conforme exposta nas obras de Francis Schaeffer, mormente em seu livreto, A Morte da Razão[1]. Concepção essa que perpassa não apenas a trilogia à qual pertence esta obra, mas a todo o pensamento do autor em questão. Grosso modo, podemos dizer que Francis Schaeffer advoga encontrar na obra de Santo Tomás de Aquino, a ideia de uma autonomia da razão, mas não apenas isso, e sim uma autonomia da razão frente ao problema soteriológico.
Portanto, pretendemos averiguar se esta tese de Schaeffer se justifica ou não; para tanto, nos reportaremos não apenas à obra em questão, mas, sobretudo, aos escritos do próprio Santo Tomás de Aquino, que com certeza são abundantes na discussão sobre o status da razão, tanto no estado pré-queda, quanto no estado pós-queda, lembrando que este último é o mais relevante para a presente discussão.
[1]Escape From Reason (1968). Referir-se a esta obra como livreto, não deve ser entendido como um tom depreciativo, reporta-se apenas às suas pequenas proporções. Ainda assim, ela se reveste de importância fundamental para o pensamento cristão evangélico contemporâneo, junto ao livro O Deus que Intervém e ao título O Deus que se Revela (o primeiro e o último, respectivamente) compõe a trilogia que reflete, seriamente, em como nos âmbitos da literatura, da filosofia, da arte, da música, do teatro, do cinema e da televisão perdemos o rumo do conhecimento da verdade e mergulhamos em um abismo de irracionalidade e loucura que causou tanto a morte de Deus, quanto à morte do homem, em suma a morte da razão.
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