Ecoespiritualidade: religião e a nova gramática espaço-temporal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2019vol19i3a5

Palavras-chave:

Ecoespiritualidade, Modernidade tardia, Crise ambiental, Nova gramática espaço-temporal

Resumo

O artigo discute, teoricamente, a relação entre ecologia e religião na modernidade tardia e questiona se a ecoespiritualidade seria uma nova gramática espaço-temporal. Nosso propósito é compreender algumas das respostas religiosas às interpelações feitas pela crise ambiental. Entendemos que as contingências ecológicas estimulam novas concepções e práticas religiosas no tempo e no espaço, e promovem um deslizamento da religião institucionalizada para uma dimensão de espiritualidade. Tendo como método a revisão bibliográfica orientada pelo binômio religião-ecologia, lançamos a hipótese de que ecoespiritualidade, conjugada no plural como religiosidades ecologicamente reimaginadas, procura se contrapor à teleologia do progresso que se move em uma perspectiva espaço-temporal linear, evolucionista e positivista-quantitativa. A ecoespiritualidade traz uma sensibilidade ambiental que aponta para o horizonte holístico da relação entre humanos e não humanos.

Biografia do Autor

Emerson José Sena Silveira, UFJF

Doutor em Ciência da Religião (UFJF). Professor do PPG em Ciência da Religião da UFJF

João Paulo Silveira

Doutor em Sociologia das Práticas e Representações Sociais (UFG).

Downloads

Publicado

2020-01-23