Não metam gênero na nossa religião! Educação em disputa nos movimentos “Escola sem partido” e “Con mis hijos no te metas”
DOI:
https://doi.org/10.23925/1677-1222.2020vol20i2a19Palavras-chave:
Gênero e religião, Ideologia de gênero, Religião e educação, Escola Sem Partido, Con Mis Hijos No Te MetasResumo
A pesquisa analisou discursos sobre a retirada do debate de gênero e educação sexual nas escolas nos movimentos Escola Sem Partido e Con Mis Hijos No Te Metas, observando o papel das narrativas religiosas. Partimos de duas grandes estratégias narrativas de controle sobre a sexualidade indicadas por Foucault (2015): 1) psiquiatrização da sexualidade perversa; 2) pedagogização do sexo da criança. Como resultado da análise de discurso, observamos que a narrativa cristã conservadora presente na amostra de pessoas adeptas dos movimentos reforça os binarismos de gênero, enfatizando corpo biológico como divino e as transformações culturais como desvios, traz discurso patologizante sobre as sexualidades não tradicionais e associa sexualidade com moralidade, cooptando-a para domínio das religiões. Essa base narrativa sustenta as relações entre religião, gênero e educação no contexto dos dois movimentos latinos.
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