Para rir, para brincar, para fazer troçar dos padres

O riso como estratégia política durante a fundação da República Portuguesa (1908-1911)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2023vol23i1a4

Palavras-chave:

Humor Crítico, Catolicismo, República, Caricaturas

Resumo

A partir da perspectiva teórico-metodológica da história cultural e da análise do discurso, este artigo considera a relação do humor crítico, produzido por periódicos ilustrados nas primeiras décadas do século XX, com eventos socioculturais envolvendo a monarquia, o republicanismo e sua relação com a igreja católica. Com a investigação n’O Xuão (1908-1910) e O Zé (1910-1915), compreendemos a influência do material no processo de instauração da Primeira República portuguesa, bem como na elaboração de representações sobre a implantação do projeto de “eliminação” do catolicismo a partir de uma política laicista. Compreendemos que a veiculação das caricaturas satíricas, charges e piadas nos jornais humorísticos de cunho republicano foram fundamentais para a projeção de ideias políticas, sociais, econômicas e culturais entre a população, especialmente pelo número de não alfabetizados no recorte temporal analisado.

Biografia do Autor

Carlos André Silva de Moura, Universidade de Pernambuco

Carlos André Silva de Moura. Professor Associado / Livre-docente da Universidade de Pernambuco - UPE. Docente do curso de graduação e pós-graduação em História da UPE. Doutor em História na Universidade Estadual de Campinas, com estágio doutoral no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Edmilson Antonio da Silva Junior, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Doutorando em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Mestre em História pela UFRPE. Graduado em História pela Universidade de Pernambuco. Integrante do Laboratório de Estudos em História das Religiões.

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Publicado

2023-07-27

Edição

Seção

Seção Temática