Dos espíritos à memória
A recepção de elementos religiosos chineses em um contexto de prática do kung-fu
DOI:
https://doi.org/10.23925/1677-1222.2024vol24i3a5Palavras-chave:
Arte marcial chinesa, Religiões chinesas, Religiosidade popular, Transplantação, Religiosidade fragmentáriaResumo
Os salões de treinamento de artes marciais originárias do leste asiático são, muitas vezes, “repositórios iconográficos” ligados às próprias artes, à cultura ou à religiosidade dos países de origem. São, também, espaços disciplinares, de rituais que, nos casos de transplantação, também podem ser ressignificados, “dialogados” e transformados. Neste artigo, os autores buscam investigar um conjunto iconográfico e um ritual associados aos salões de treinamento do chamado Sistema Sino-Brasileiro de Kung-Fu, um dos mais importantes sistemas de difusão marcial chinesa no Brasil. Para tanto, realizam uma pesquisa teórica e uma pesquisa de campo com 13 professores do Brasil, Argentina e Estados Unidos. O foco da investigação é o da significação – religiosa ou não – desses elementos, o que são e como são percebidos em um contexto cultural (o da marcialidade chinesa em ambientes de transplantação) no qual a religião desempenha um papel secundário.
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