(Boas) pesquisas em estudos da linguagem: a que passos andam? Trazendo à baila a voz do orientador sob a perspectiva da LSF

Autores

  • Silvia Adélia Henrique Guimarães UERJ

Palavras-chave:

Análise Crítica do Discurso. Linguística Sistêmico-Funcional. Professor orientador.

Resumo

O presente trabalho procura responder, através da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 1997), como as representações ideológicas se materializam no discurso do orientador e como, a partir delas, auxiliam a pesquisa de seus orientandos. De caráter interpretativo (ALVEZ-MAZZOTTI, 1999), este trabalho conta com dados extraídos de entrevistas realizadas com seis orientadores de mestrado em Linguística e Linguística Aplicada no Rio de Janeiro, sendo dois da esfera federal, dois da estadual e dois da privada. Tratei o corpus pelo sistema de transitividade da macrofunção ideacional da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994). Os resultados parciais da pesquisa em andamento revelam que (a) ao estimular um espírito pesquisador, o orientador interfere diretamente na atualização e qualidade das pesquisas em Linguística, mesmo quando a motivação inicial dos mestrandos é outra que não a pesquisa; (b) a qualidade dos futuros trabalhos em Linguística no Brasil depende de algumas mudanças no sistema de empreendedorismo científico já na graduação; (c) faltam lugares para discussão e formação de professores orientadores, que moldam as orientações a partir da própria prática e de experiências acumuladas enquanto pesquisadores. Os recortes discursivos sinalizam, portanto, uma necessária urgência de que o tema venha “à baila”, como literalmente aponta um dos entrevistados.

Biografia do Autor

Silvia Adélia Henrique Guimarães, UERJ

Mestranda em estudos de Linguagem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Especialista em Elaboração Curricular e Prática Docente da Educação Básica; Especialista em Psicopedagogia Clínica e Insitucional

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Publicado

2012-12-21

Edição

Seção

Artigos