PARATOPIA CRIADORA: CECÍLIA MEIRELES, UMA ESCRITORA ATUANTE NO CENÁRIO EDUCACIONAL
Palavras-chave:
Cenário educacional, análise do discurso francesa, paratopia, espaço biográficoResumo
Considerando como Cecília Meireles posicionou-se em relação ao exercício da literatura de sua época, esta pesquisa pauta-se nas complexas relações entre a biografia da escritora e as condições históricas de produção da obra Crônicas de educação 4. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa é, mediante a análise do discurso literário, levantar alguns aspectos da vida intelectual de Cecília Meireles, para demonstrar que o projeto de literatura infantil da autora deve ser apreendido a partir do espaço intervalar entre suas atividades como educadora e como poeta. Dessa forma, relacionamos sua militância educativa com sua concepção de literatura infantil, o que resulta em forma bem peculiar de conceber a literatura destinada ao público infantil. A paratopia, por sua vez, trata de uma produção textual que se revela por meio das cenas da enunciação. Desse modo, o processo paratópico integra sempre a fronteira entre dois mundos, e o que parece ser uma incoerência, na verdade, revela o vetor do discurso paratópico. Nessa situação, definindo-se em relação às representações e aos comportamentos associados à sua condição de escritora, Cecília Meireles torna-se, a partir dos anos 1930, personagem atuante no cenário educacional e literário. Para atingir os objetivos propostos, lançamos mão do referencial teórico que contempla a orientação que Dominique Maingueneau (2001, 2006) propõe para a análise discursiva, numa linha histórico-social.Downloads
Publicado
2014-08-06
Edição
Seção
Artigo / Edição InPLA