ESTIMATIVA DA TAXA DE SUBSÍDIO EX-ANTE NO CRÉDITO RURAL NO PERÍODO DE 1981 A 2005

Autores

  • Vanessa de Cillos Silva Perina CENA/USP
  • Ricardo Shirota ESALQ/USP
  • Roberto rruda de Souza Lima ESALQ/USP
  • Márcia Nalesso Costa Harder IPEN/USP

Palavras-chave:

crédito rural, taxa de juros, inflação, subsídio

Resumo

O crédito rural desempenhou um relevante papel no desenvolvimento da agricultura brasileira. Apesar disso, a evolução histórica do montante de recursos oficiais destinados aos agricultores mostrou forte decréscimo a partir do final dos anos 70. Uma das causas desta redução foi a presença de subsídio nesta modalidade de financiamento, de forma insustentável diante das restrições da economia brasileira. A literatura apresenta este volume elevado de subsídio como tendo sido buscado intencionalmente pela política em vigor na época. O presente trabalho busca verificar se houve uma política explícita de subsídio via taxa de juros preferenciais ou se, ex-post, ele ocorreu em excesso. A principal indicativa do estudo é a de que o subsídio seria resultado da aceleração não prevista do processo inflacionário no Brasil durante a segunda metade do século passado. A análise deste problema permitirá estudos sobre a política de crédito rural sob uma perspectiva diferente daquela predominante na literatura. Nesta nova perspectiva, os subsídios em excesso seriam, ao menos em parte, resultado da imprevisibilidade e instabilidade do cenário macroeconômico e não um fim claramente buscado pela política de crédito rural no Brasil. Os resultados verificados neste estudo ressaltam esta indicativa de política de crédito subsidiada em decorrência do processo inflacionário não previsto pelas expectativas inflacionárias. As expectativas inflacionárias mostraram-se inferiores em grande parte do período analisado, o que ocasiona uma taxa de juros real inferior a esperada. Pode-se concluir que o programa de crédito rural foi excessivamente subsidiado em virtude do descontrole inflacionário do país.

Biografia do Autor

Vanessa de Cillos Silva Perina, CENA/USP

Engenheira Agrônoma, Mestre em Econmia Aplicada. CENA/USP.

Ricardo Shirota, ESALQ/USP

Engenheiro Agrônomo, Doutor em Economia pela ESALQ/USP. Professor da ESALQ/USP.

Roberto rruda de Souza Lima, ESALQ/USP

Engenheiro Agrônomo, Doutor em Economia Apicada pela ESALQ/USP. Professor da ESALQ/USP

Márcia Nalesso Costa Harder, IPEN/USP

Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciências Aplicadas. IPEN/USP.

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Publicado

2013-12-30

Edição

Seção

Artigos