Uma cartografia comum aproximando Inteligência Artificial, Filosofia e Psicologia
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2018i17p76-94Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Filosofia da Mente, Psicologia Cognitiva, Representações de conhecimento, Epistemologia da Inteligência ArtificialResumo
O artigo relaciona quatro problemas epistemológicos a partir de uma perspectiva em que a Inteligência Artificial compartilha um domínio de conhecimento comum às áreas da Filosofia e da Psicologia: i) o problema clássico do frame ou quadro de referência, surgido a partir das pesquisas em IA sobre a limitação da representação em lógica de primeira ordem; ii) o problema de Hume, exposto por Daniel Dennett, abordando representações que raciocinam sobre representações; iii) na direção indicada por William Frawley, é apresentado o problema de Platão, expondo sobre a eficácia do conhecimento a partir de evidências escassas e fragmentadas do mundo; iv) o problema de Wittgenstein sobre a compatibilidade entre a linguagem determinística computada e a linguagem probabilística real. A ideia chave é mostrar que a Inteligência Artificial não é apenas engenharia de robôs ou sistemas inteligentes, mas também uma área que suscita questionamentos mais profundos, contendo objetos de interesse próximos ou mesmo comuns com os campos de atuação da Filosofia e da Psicologia.
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