Mídia zumbi: desvio de circuito da arqueologia da mídia para um método de arte

Autores

  • Garnet Hertz University of Califronia
  • Jussi Parikka

Resumo

Este texto é uma investigação sobre a cultura das mídias, temporalidades de objetos de mídia e obsolescência programada no meio da crise ecológica e lixo eletrônico. Os autores abordam o tema sob a égide da arqueologia das mídias e têm como objetivo alargar este campo historiograficamente orientado da teoria da mídia para uma metodologia da prática artística contemporânea. Assim, a arqueologia da mídia torna-se não só um método para escavação de discursos midiáticos reprimidos e esquecidos, mas amplia-se para um método artístico próximo dacultura do Faça-Você- Mesmo (DIY, na sigla em inglês), do desvio de circuito, modificação de hardware e outros exercícios “hacktivistas” que estão intimamente relacionados à economia política das tecnologias da informação. O conceito de mídia morta é abordado como conceito de mídia zumbi — mídia relativizada, trazida de volta ao uso, retrabalhada.

Palavras-chave: Mídia zumbi. Arqueologia das mídias. Faça-Você-Mesmo (cultura DIY).

Biografia do Autor

Garnet Hertz, University of Califronia

Hertz é artista residente e pesquisador científico do departamento de informática da UC Irvine e é docente no Programa Media Design no Art Center College of Design. Ele já exibiu o seu trabalho de forma destacada em 13 países, e é fundador e diretor do Dorkbot SoCal, uma série de palestras mensais baseada em Los Angeles sobre cultura DIY, arte eletrônica e design.

Jussi Parikka

Parikka é professor do Media & Design da Winchester School of Art. É autor de Digital Contagions (2007), Insect Media (2010) e What is Media Archaeology (2012), e co-editor do The Spam Book (2009) e Media Archaeology (2011), bem como editor do livro Medianatures (2012). Site: <http://jussiparikka.net/>.

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