Alteridade em Peirce e negatividade em Han

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Resumo

Este texto tem o objetivo de descrever e contrapor a visão de Charles Sanders Peirce e a de Byung-Chul Han sobre a alteridade (como aspecto, respectivamente, da segundidade e da negatividade) na constituição do pensamento, da conduta e, por conseguinte, dos modos de vida de comunidades de seres humanos. Para Peirce, o contínuo contato com o outro se mostra imprescindível para a constituição e evolução insistentes do pensamento autocrítico gerado pela comunidade científica. Para Han, a negatividade, escassa num mundo excessivamente transparente e positivo, é esfera de natureza misteriosa, oculta, desconhecida, obnubilada e obliterada, essencial para que hábitos sociais e modos de vida comunitários não se tornem demasiadamente homogêneos, capitalizados, pornográficos e obscenos. Apesar das diferenças estruturais e temáticas, ambos convergem no sentido de valorizar experiência e aprendizado com a alteridade para a composição de modos de investigação e de vida menos egocêntricos e dogmáticos.

Palavras-chave: Alteridade. Negatividade. Positividade. Segundidade. Experiência.

Biografia do Autor

Guilherme Henrique de Oliveira Cestari, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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