O artesão, o filósofo e o maker

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Resumo

sociedade ocidental moderna tem uma dificuldade arraigada em reconhecer a ligação entre corpo e mente, atribuindo maior valor às atividades intelectuais em detrimento das atividades manuais. O artesão pré-industrial, no entanto, atuava contra tal paradigma. Este artigo procura expor a maneira como a dinâmica do trabalho nas guildas favorecia a harmonia entre as mãos e o cérebro do artesão, e como tal harmonia foi rompida com o advento da Revolução Industrial. Quando o trabalhador deixa de ser artesão para ser o operário moderno, ele perde a identidade com o seu trabalho e com o seu próprio mundo. Por outro lado, uma nova revolução está em marcha e aponta para o surgimento de um novo tipo de trabalhador, o maker que promove uma nova guinada na dinâmica do trabalho, desta feita reequilibrando a relação mente/corpo numa espécie de artesão industrial pós-moderno.

Palavras-chave: Movimento maker. Sistemas de produção. Sinequismo.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Pires de Camargo, PUCSP/Doutorando

Engenheiro mecânico, mestre e doutorando em Tecnologia da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP e bolsista CAPES.

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