A arte contemporânea e a fenomenologia alienígena

Autores

  • Clayton Policarpo PUC-SP/Doutorando

Resumo

Um dos dilemas na pesquisa e produção em arte é a natureza da ação. A obra, em um contexto pós-moderno, liberta-se de sua determinação enquanto objeto estanque, e passa a ser repensada em uma rede de relações que então permite sua efetivação. O artista, antes tido como agente mediador entre o mundo fenomenológico e sua representação, delega ao público a responsabilidade de completar a experiência estética. Em contrapartida a tal engajamento, buscaremos neste artigo evidenciar produções que exploram a participação de agentes nãohumanos, e a autonomia do objeto artístico. Propomos traçar possíveis intersecções entre a estética contemporânea e os conceitos de máquina, de Levi Bryant, e a fenomenologia alienígena, de Ian Bogost. A intensificação de um pensamento anticorrelacionista, bem como a preocupação com a agência de materiais distintos que compõem uma rede não-humana na criação, trazem à tona a necessidade de se repensar algumas definições e paradigmas então predominantes. Este artigo irá se dedicar a essa discussão.

Palavras-chave: Arte Contemporânea. Realismo Especulativo. Máquinas. Fenomenologia Alienígena.

Biografia do Autor

Clayton Policarpo, PUC-SP/Doutorando

Doutorando e mestre no Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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