O realismo especulativo de Quentin Meillassoux vs. a filosofia de Deleuze e Guattari
Resumo
A influência da filosofia de Deleuze e Guattari sobre o trabalho dos realistas especulativos vem sendo destacada por diversos pensadores, desde seu surgimento oficial, em 2007. No caso de Quentin Meillassoux, um dos expoentes desse movimento, cujo trabalho elegemos aqui para mais reflexões, pode-se dizer que Deleuze e Guattari apresentam-se como dois de seus principais interlocutores, tanto para fundamentar alguns de seus argumentos, quanto para, em outros momentos, servir de base para uma completa oposição argumentativa. Uma convergência entre Deleuze-Guattari e Meillassoux pode ser identificada, por exemplo, no conceito de “contingência”, basilar no livro de estreia de Meillassoux, Après la finitude: essai sur la nécessité de la contingence (2006), e também identificável em O que é a Filosofia? (1992), quando Deleuze e Guattari se opõem ao que eles identificam como o culto da necessidade, para, em contrapartida, fortalecer a defesa de Nietzsche quanto à importância do acaso, do jogo de dados e da contingência (acontecimento) como inseparáveis de tudo. Já as divergências conceituais entre Deleuze, mais especificamente, e Meillassoux surgem, por exemplo, quanto ao “correlacionismo”. Ao longo das veredas dessas aproximações-separações argumentativas entre Deleuze-Guattari e Meillassoux, manteremos diálogos com outros pensadores e também com a literatura, em voo premeditadamente ousado e transdisciplinar, porque pautado pela busca de alguma oxigenação do pensamento pelo viés da poesia aliada ao pensamento filosófico. Com tal escolha, intenta-se provocar reflexões complementares sobre alguns argumentos apresentados pelo realismo especulativo em contraposição ao vitalismo muito singular presente na filosofia Guattari-deleuzeana.
Palavras-chave: Quentin Meillassoux. Gilles Deleuze. Félix Guattari. Realismo Especulativo.
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