Princípios para Processos Cognitivos

Autores

  • João Ranhel USP/Professor

Resumo

Neste ensaio, uma discussão a respeito dos limiares do comportamento ognitivo é realizada por meio de um arcabouço que relaciona um conjunto de princípios, de atributos, de operações sobre dados e signos, e de processos computacionais. Alguns princípios (significação, retenção, classificação, antecipação, seleção, e corporificação) são propostos como necessários e capazes de impulsionar um agente (um organismo, um robô, um personagem virtual, um software) do domínio do tratamento de sinais (domínio do controle) para o domínio cognitivo. Esta é uma abordagem multidisciplinar, cujo foco está em como seleção natural e evolução levaram os organismos à cognição. Uma consideração é feita sobre como organismos unicelulares (e vários pluricelulares) operam no domínio dos sinais, enquanto que os sistemas cognitivos operam no domínio dos signos (da representação). Vários animais obtêm benefícios de alguns, mas não todos os princípios, e.g. os cnidários; portanto, há organismos que operam entre os dois domínios. Sistemas cognitivos usam todos os princípios propostos aqui. Algumas espécies de artrópodes e de moluscos são candidatos a sistemas cognitivos mínimos (que transpassam os limiares cognitivos). Pela análise de seus sistemas neurais, cientistas poderão encontrar o correlato neural para cognição (NCCog). Compreender os processos minimamente cognitivos pode ajudar em ambos: compreender o fenômeno cognitivo, e guiar a criação/simulação de agentes artificiais cognitivos.

Palavras-chave: Cognição. Princípios da cognição. Comportamento cognitivo mínimo. Cognição corporificada. Detecção de Padrões. Cognição mínima.

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Publicado

2021-02-19