Resenha do livro
"Ethics of artificial intelligence", de Matthew Liao
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2021i23p157-163Resumo
A empresa inglesa DeepMind Technologies, fundada em 2010 e adquirida pelo Google em 2014, é uma referência no campo da Inteligência Artificial (IA); em 2016, seu programa AlphaGo não apenas venceu por quatro a um o campeão mundial do milenar jogo chinês Go, o sul-coreano Lee Sedol, como o fez com jogadas inéditas. O feito repercutiu na comunidade de IA, impulsionando o reconhecimento do papel estratégico da tecnologia pela China. No mesmo ano, não por coincidência, o Center for Mind, Brain, and Consciousness da NYU, sob a coordenação dos filósofos David Chalmers e Ned Block, reuniu cerca de trinta palestrantes, dentre pesquisadores de tecnologia e de ciências humanas, na conferência “AI Ethics”.
No empenho de identificar como introduzir nos sistemas inteligentes princípios éticos e valores humanos, os painéis abordaram conceitos tais como moralidade e ética das máquinas, moralidade artificial e IA amigável. Ao longo da conferência, contudo, estabeleceu-se um consenso de que a ética pertence à esfera humana, ou seja, permeia as escolhas de desenvolvedores e usuários. Coube ao filósofo sueco Nick Bostrom, autor do livro “Superintelligence” (2014), abrir o evento alertando sobre os benefícios e riscos da concretização da “máquina inteligente” no século XXI. Além de Bostrom, a conferência contou com palestras de Peter Asaro, John Basl, Meia Chita-Tegmark, Kate Devlin, Vasant Dhar, Virginia Dignum, Mara Garza, Daniel Kahneman, Adam Kolber, Yann Le-Cun, Gary Marcus, Steve Petersen, Francesca Rossi, Stuart Russell, Ronald Sandler, Jürgen Schmidhuber, Susan Schneider, Eric Schwitzgebel, Frans Svensson, Jaan Tallinn, Max Tegmark, Wendell Wallach, Stephen Wolfram e Eliezer Yudkowsky.
Referências
BOSTROM, Nick; YUDKOWSKY, Eliezer. The Ethics of Artificial Intelligence. In: FRANKISH, Keith; RAMSEY, William (eds.). The Cambridge Handbook of Artificial Intelligence. New York, NY: Cambridge University Press, 2014. Disponível em: cambridge.org/core/books/cambridge-handbook-of-artificial-intelligence/ethics-of-artificial-intelligenceB46D2A9DF7CF3A9D92601D9A8ADA58A8. Acesso em: 12 maio 2021.
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