Por que é imprescindível um manual ético para a Inteligência Artificial Generativa?

Autores

  • Lucia Santaella Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2023i28p7-24

Palavras-chave:

manual ético, guia, Chat GPT, Inteligência Artificial Generativa

Resumo

A tendência pervasiva da inteligência artificial, que já se anunciava há alguns anos, foi se intensificando cada vez mais, especialmente depois da emergência da Inteligência Artificial Generativa (IAG), em especial o Chat GPT, que foi colocado, pela start up Open AI, financiada pela Microsoft, para o uso público a partir do final de 2022. Protocolos de acesso muito facilitados, um quase nada, a partir de simples comandos verbais, tornam disponível um sistema capaz de atender às requisições informativas de um usuário, por meio de conversações sobre os mais variados assuntos, em uma linguagem que simula a capacidade humana de falar e de escrever. Distinta da Inteligência Artificial Preditiva (IAP), cujo desenvolvimento estava retido à competência dos especialistas, a IAG vem adquirindo as características de uma companheira disponível e solícita para a realização das mais variadas tarefas. Todas as áreas de produção humana relacionadas com linguagem estão sendo abaladas. Não haveria razões para que a educação ficasse de fora. Ao contrário. Entretanto, o Chat traz consigo um detalhe de suma importância: ele pode ser usado para fraudar ou para um uso honesto. Para atender a esse dilema ético, este manual, acompanhado de um guia foi elaborado.

Biografia do Autor

Lucia Santaella, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

É pesquisadora 1A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Publicou 56 livros e organizou 33, além da publicação de quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002, 2009, 2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010). Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0681-6073.

Referências

BIONI, Bruno; GARROTE, Marina; GUEDES, Paula. Temas centrais na regulação de IA: o local, o regional e o global na busca da interoperabilidade regulatória. São Paulo: Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, 2023.

DUGGAL, Nikita. What is artificial intelligence? Simplilearn, 2 abr., 2024. Disponível em: https://www.simplilearn.com/tutorials/artificial-intelligence-tutorial/what-is-artificial-intelligence. Acesso em: 20 abr., 2024.

ELDRIDGE, Stephen. Negative externality. Encyclopedia Britannica, 15 mar., 2024. Disponível em: https://www.britannica.com/topic/negative-externalitynegative externality. Acesso em: 17 mai., 2024.

FETZER, James. Aspects of artificial intelligence. Dordrecht: Kluver, 1991.

GARFIELD, Jay L. (ed.). Modularity in knowledge representation and natural language understanding. Cambridge, MA: Mit Press, 1987.

GUPTA, Raja. Generative AI for beginners. Disponível em: https://medium.com/@raja.gupta20/generative-ai-for-beginners-part-1-introduction-to-ai-eadb5a71f07d. Acesso em: 10 abr., 2024.

KAUFMAN, Dora; REIS, Patricia; JUNQUILHO, Tainá. Externalidades negativas da inteligência artificial: conflitos entre limites da técnica e direitos humanos. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Sabta Lúcia. Vitória, v. 24, n. 3, p. 43-71, setembro/dezembro, 2023.

LAWTON, George. Generative AI vs. predictive AI: understanding the differences. TechTarget, 18 set. 2023. Disponível em: https://www.techtarget.com/search/query?q=Generative-AI-vs-predictive-AI-Understandingthe-differences. Acesso em: 2 abr., 2024.

MEDHA. Demystifying predictive AI: Definition and use. Fireflies.ai, 15 fev., 2024. Disponível em: https://fireflies.ai/blog/predictive-ai. Acesso em: 15 abr., 2024.

MERRITT, Rick. What is a transformer model. NVDIA, 25 mar., 2022. Disponível em: https://blogs.nvidia.com/blog/what-is-a-transformer-model/. Acesso em 10 jun., 2023.

NEWELL, Allen. Physical symbol system. Cognitive Science, v. 4, p. 135-183, 1980.

NEWELL, Allen; SIMON, Herbert A. Human problem solving. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall,1976.

ROUSE, Margaret. AI (Artificial Intelligence), 2022. Disponível em: https://www.techtarget.com/searchenterpriseai/definition/AI-Artificial-Intelligence. Acesso em: 10 dez., 2022.

SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço. O perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Desafios e dilemas da ética na inteligência artificial. In: GUERRA FILHO, Willis S. et al. (org.). Direito e Inteligência Artificial: fundamentos, v. 1 – Inteligência Artificial, ética e direito. Rio de Janeiro: Lumens Juris, 2021. p. 109-136.

SANTAELLA, Lucia. A inteligência artificial é inteligente? São Paulo: Almedina, 2023.

TEIXEIRA, João de Fernandes. Mentes e máquinas. Uma introdução à ciência cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

VERMA, Mudit. International Journal of Advanced Educational Research, Delhi, v. 3, n. 1, p. 5-10, jan., 2018.

Downloads

Publicado

2024-06-14