CONVERGÊNCIAS E DISSONÂNCIAS NA LINGUÍSTICA APLICADA – CONFLITOS E TENSÕES
Palavras-chave:
Linguística Aplicada, Modernidade Líquida, Linguístico-discursivoResumo
Esta Resenha Crítica intenta tratar sobre alguns pontos abordados em dois dos capítulos do livro Por uma linguística aplicada indisciplinar (2006), cujo organizador, Luiz Paulo da Moita Lopes, é o responsável por compilar discussões de pesquisadores da Linguística Aplicada (LA), com o intuito de se perceber os conflitos e as tensões em meio à evolução dessa linha investigativa, tomando como base os estudos e as pesquisas dessa área linguística de conhecimento. Os capítulos aos quais me atenho para realização desta discussão são o I e o IV da obra em tela, cujas autorias são de Fabrício; e de Rampton, respectivamente. Em ambos os capítulos, poderemos perceber uma retomada constante, quase circular, acerca das mudanças que são empreendidas no campo da LA e do seu espaço de atuação, tanto no âmbito linguístico quanto no social, para tratamento dos fenômenos permeados pela relação sujeito, história, língua e sociedade. Com efeito, o próprio organizador da obra em questão (op.cit) introduz o livro, de certa forma, abordando questões e fenômenos de investigação que eram postos desde o início da década de 60 do século XX – na Virada Linguística: da forma para o uso – para (re)situar o espaço ocupado pela LA; mesmo reconhecendo que essa área de investigação é muito fluida e, consequentemente, carece de constantes reflexões acerca das interferências sociais no que tange ao papel do investigador de língua(gem). Nesse sentido, espero contribuir ao tratar sobre alguns dos pontos que são abordados nos capítulos supramencionados; no entanto, sem a pretensão de esgotá-los, já que tal feito seria, do ponto de vista linguístico-discursivo, inatingível.