O DICIONÁRIO DE GALICISMOS DE CARLOS GÓIS: REFLEXÕES HISTORIOGRÁFICAS
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-3267.2019v8i1p59-73Palavras-chave:
Empréstimos linguísticos. Norma. Pensamento linguístico. Contexto sócio-históricoResumo
Este artigo apresenta reflexões a respeito do pensamento linguístico sobre os empréstimos linguísticos no Português Brasileiro, no início do século XX. Mais especificamente, apresenta uma análise da obra Dicionário de Galicismos, do filólogo Carlos Góis, 4ª edição, 1949. As questões norteadoras da pesquisa são: Em que medida é possível verificar o pensamento linguístico e normativo, adotado por Carlos Góis, a respeito do uso de estrangeirismos na língua portuguesa? Em que medida esse pensamento normativo a respeito do uso de estrangeirismos na língua portuguesa coaduna-se com as ideias linguísticas vigentes no recorte histórico efetuado? O quadro teórico que nos permite realizar as análises sobre o pensamento linguístico manifestado pelo filólogo em questão está em Koerner (1996; 2014), Auroux (2009) e Swiggers (2009; 2012). O estudo permite-nos afirmar que a preocupação manifestada por Góis (1949) revela sua oposição aos estrangeirismos, ao lado de um pensamento linguístico purista, que visava à prescrição normativa, baseado em uma visão de língua como algo estático, fruto do próprio espírito de época que envolvia os estudiosos brasileiros naquela época em que se estudava a língua a partir dos modelos do “bem falar”.Metrics
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Publicado
2019-04-29
Edição
Seção
Dossiê: Historiografia Linguística