urge arruinar a cultura do castigo. vestígios de anotações
Resumo
O texto situa uma breve análise que aponta para a diferença abissal entre a denominação protocolar médico-sanitária de pandemia e a força viva e incontível trazida pela peste, ao produzir um jeito de tocar na vida insuportável para a moral e para a própria política. Se tanto a peste quanto a chamada pandemia produzem mortes imensas, o medo nutrido e reproduzido diante da pandemia, assim como a continuidade da pretensa naturalização de confinamentos da existência, habita na retroalimentação do medo diante de forças estranhas equivalentes à força viva da própria peste. Interessa, aqui, a noção de saúde trazida pelas práticas anarquistas atravessadas pela perspectiva libertária voltada à ruína da cultura do castigo.
Palavras-chave: pandemia e peste, crianças e jovens, anarquistas, saúde, cultura do castigo.
Abstract
The text places a brief analysis that point to an abyssal difference between the medical-sanitary protocol designation of pandemic, and the lively and uncontainable strength brought by plague while producing a way of reaching life unbearable to morals and politics itself. If both the plague and the so-called pandemic produce immense deaths, the fear, nourished, and reproduced before the pandemic, as well as the continuity of the alleged naturalization of existence’s constrains, inhabit in feeding back the fear in front of strange forces equivalent to the lively strength of plague itself. What matters here is the health notion brought in by anarchist practices crossed by a libertarian perspective turned to the punishment culture’s collapse.
Keywords: Pandemic and plague, children and youth, anarchists, health, punishment culture.
It Is Urgent to Ruin the Culture of Punishment. Traces of Notes, Salete Oliveira.
Recebido em 13 de agosto de 2020. Confirmado para publicação em 20 de agosto de 2020.