Qualis: B2 |
Área do conhecimento: Sociologia |
Núm. 38 (2020): Verve
verve 38 chega muito viva diante da dita pandemia pelo novo coronavírus. beatriz scigliano carneiro vai à ajuda mútua de kropotkin para pensar qual a sua atualidade nas práticas anarquistas. com um sonoro não! tomás ibánez afirma a multiplicidade rebelde contra o capitalismo em tempos de covid-19 e alerta para as capturas uniformes ansiadas por certos grupos políticos. salete oliveira traz a força da peste, arruinando a cultura do castigo a partir das crianças e jovens. o hypomnemata 221 anuncia, em página única, o que está colocado como governo de cada um no contexto da chamada crise sanitária. fernanda grigolin desvela as mulheres anarquistas em seu processo de escrita com arte. lúcia soares "tomba" com a miséria das disputas identitárias no interior do movimento feminista. para não esquecer, às vésperas de mais um ritual eleitoral, josé oiticica propõe a ação direta antirrepresentação. rogério zeferino nascimento abre uma conversa com florentino de carvalho, anarquista de rigor, cuja análise permanece contundente. com quase um século de existência incendiária, lucio urtubia, anarquista falecido recentemente, vibra em entrevista de 2010, publicada agora em verve. o tema da pandemia retorna com o hypomnemata 235, segunda página única, registrando como subservientes e cordatos aguardam o nomeado novo normal. uma breve nota mostra a relação dos anarquistas com a morte, mas saudando os vivos. e falando em vivo, encerrando os artigos dessa edição, edson passetti escancara a urgência anarquista de escapar da sintaxe política, dos ativismos e militâncias, convidando à invenção corajosa de militantismos no presente. nas resenhas, ruth kinna retoma o percurso de luigi galleani, anarquista pouco citado, apesar de indomável. e gustavo simões volta ao tema das lutas pela abolição do castigo a partir da passagem de pietro gori pela américa do sul. os intervalos que atravessam verve são de andré berger, passagens que expõem uma pequenina história da força da morte e da vida corriqueiras em uma paisagem árida de goiás.
verve 38 com fogo e saúde!