No. 37 (2020): Verve

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com todo prazer, esta é a verve 37!


em tempos de contaminação generalizada e de morte terríveis com pilhas de cadáveres em asilos e hospitais pela europa e américa, apresentamos, aqui, um texto do filósofo rené schérer sobre o prazer a partir dos velhos fourieristas. no dossiê organizado por flávia lucchesi e gustavo simões, libertários desvelam seus jeitos peculiares de lidar com o envelhecer. o poeta e dramaturgo paul goodman esquenta ainda mais as nossas páginas com a sua febre e saúde. a partir do registro caloroso de uma fala sobre o amor livre, acácio augusto mostra as diferenças entre o curso das paixões ácratas e a política oriunda do amor e suas servidões. emma goldman entra com fôlego, afirmando a educação das crianças e jovens como relação liberada da propriedade defendida pela família, incluindo as chamadas progressistas e/ou revolucionárias. joão da mata distende o arco dos seus tesões atuais e mira as resistências contemporâneas na somaterapia. ao analisar os efeitos da revolução moderna, edson passetti situa, no presente, as associações libertárias pela contundência da revolta e nas invenções militantistas de anarquistas. com verve, a saúde anarquista pulsa. nosso segundo dossiê, acompanha malatesta e o seu combate à cólera, no final do século XIX, assim como outras vidas surpreendentes, mirando os combates que enfrentamos hoje com a chamada pandemia e a proliferação dos fascismos. flecheiras libertárias do nu-sol alvejam o novo coronavírus no ar e os governos de Estados. a morte do cartunista anarquista roberto ambrosoli pela covid-19 é seguida de página única por émile armand, anarco-individualista, ao desvelar o “mal” com um raro olhar. por fim, o coquetel molotov ensinado aos netos e outras histórias, vibram em salvadora onrubia resenhada por lúcia soares. e, tocando de modo contundente e delicado na américa como terra sem fronteiras vivida na pele por indígenas contundentes e anarquistas, eliane carvalho expõe os caminhos do anárquico aragorn!. esta é a nossa 37, no ar, chegando agora, início de junho, instante estranho, para fortificar as chamas do fogo e soltar fogos de artifício. abra a janela, ataque os fascistas, e não permita que alguém surrupie seus prazeres.

Publié-e: 2021-04-26