Escolas de indisciplina: notas sobre sociabilidades anarquistas no Brasil em inícios do século XX
Resumo
Este artigo apresenta refl exões sobre iniciativas educacionais levadas a cabo por anarquistas no Brasil do início do século XX. Proponho abordar as escolas anarquistas enquanto realização existencial de subjetividades liberadas. Isto implica numa abordagem que procura desnaturalizar a escola, considerando-a como parte de um dinamismo sócio-histórico-cultural mais amplo. As escolas anarquistas, da mesma maneira que jornais, revistas, sindicatos, manifestações, greves e outras atividades concretizadas, estabeleciam processos simultaneamente existencial, coletivo e subversivo. Desonerando linhas de fronteiras estabelecidas pelos convencionalismos, as escolas anarquistas favoreciam a instauração de modalidades indisciplinadas de sociabilidades, subjetividades e associações.
Palavras-chave: escola, indisciplina, anarquistas.