COMO LER AS MANIFESTAÇÕES VERBAIS DOS QUADRINHOS? — UMA

Resumo

A imagem que se diz dominante, dentre a diversidade de sistemas significantes em coo/concorrência nas HQs, não pode obliterar ou deixar de validar o que de estratégico, ou curioso na sua diferença, impõem os constituintes linguísticos. Objetiva-se interrogar as manifestações verbais nos seus efeitos de sentido a produtor/leitor de quadrinhos henfilianos de Ubaldo, o paranoico. O linguístico como constituinte inalienável, essencial, da trama da linguagem do quadrinho, por permitir chegar, antes que à nomeação de sentido, a relações outras do funcionamento discursivo, em que interagem, de forma particular, letra/palavra junto às formas imagéticas, gráficas, plásticas etc. Resultados da leitura do verbal mostram um deslocamento teórico, tendo-se aí verdadeiros nós ou pontos de focalização com domínio estratégico em partes do discurso quadrinístico, expressando posição entre sujeitos, redefinição de identidades e, no diálogo entre personagens/autor-leitor, de como as primeiras se alienam no que dizem e com a situação social-ideológica em que vivem os segundos.