Global players, mineração e crise: o crime da produção de valor

Autores

  • Ana Elisa Cruz Corrêa Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (COLTEC / UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.23925/ls.v22i41.46682

Palavras-chave:

mineração, crise, produção destrutiva, gestão da barbárie.

Resumo

Propomos uma reflexão sobre elementos estruturais e conjunturais subjacentes ao processo de exploração de minério de ferro no Brasil, necessariamente articulado à dinâmica do mercado mundial. Tratamos do caráter intrinsecamente destrutivo da produção de valor no sistema capitalista desde seu surgimento, refletindo sobre sua expressão em contexto de crise estrutural sistêmica como modus operandi da produção do setor, que se expressou nos recentes rompimentos das barragens de rejeitos das corporações Vale, BHP Billinton e sua joint venture Samarco, em Mariana/MG e Brumadinho/MG. Examinamos o papel dos governos petistas de 2003 a 2014 como a efetivação de uma “eficiente” gestão da barbárie. Por fim, abordamos asas consequências para os movimentos sociais, especialmente depois da vitória da extrema-direita nas eleições presidenciais.

Biografia do Autor

Ana Elisa Cruz Corrêa, Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (COLTEC / UFMG)

Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora de Sociologia do Setor de Ciências Sociais do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (COLTEC / UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil.

Referências

ARANTES, P. Fratura brasileira do mundo. In: Zero à esquerda. São Paulo: Conrad, 2004.

___________. O novo tempo do mundo. São Paulo: Boitempo, 2014.

___________. A fórmula mágica da paz social se esgotou. Correio da Cidadania, 15/07/2015. Disponível em <http://www.correiocidadania.com.br/politica/10949-16-07-2015-a-formula-magica-da-paz-social-se-esgotou>. Acesso em 11 Mar. 2018.

BOITO JR, Armando. As bases políticas do neodesenvolvimentismo, Fórum Econômico da FGV/São Paulo, 2012. Disponível em <https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/16866>. Acesso em 11 Mar. 2018.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Teoria novo desenvolvimentista: uma síntese. Cadernos do Desenvolvimento, Rio de Janeiro, vol. 11, n. 19, p.145-165, 2016.

CORRÊA. A. E. C. Crise da modernização e gestão da barbárie: a trajetória do MST e os limites da questão agrária. Tese (Doutorado em Serviço Social). UFRJ: Rio de Janeiro, 2018.

KURZ, R. A origem destrutiva do capitalismo. In: Últimos combates. Petrópolis: Vozes, 1997.

________. Com todo vapor ao colapso. Novembro de 1995. Disponível em <http://www.obeco-online.org/livro_comtodovapor_colapso.html> Acesso em 11 Mar. 2018.

LIMA, R. C. V. Desenvolvimento e contradições sociais no Brasil contemporâneo: um estudo do complexo petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Universidade Estadual Paulista: Araraquara-SP, 2015.

MARX, K. Grundrisse, São Paulo: Boitempo; Rio de Janeiro: UFRJ, 2011.

________. O Capital: crítica da economia política. Livro 1. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

________. O Capital: crítica da economia política. Livro 3. Tomo 1. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

MELOCCI, D.; PAVANINI, M. Cárcere e fábrica: as origens do sistema penitenciário (sécs. XVI - XIX). Rio de Janeiro: Revan, 2006.

MENEGAT, M. O olho da barbárie. SP: Expressão Popular, 2006.

___________. Estudos sobre ruínas. Rio de Janeiro: Revan, 2012.

___________. O fim da gestão da barbárie, Revista Territórios Transversais, n. 3, São Paulo, 2015.

OLIVEIRA, F. de. Crítica à razão dualista / O Ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.

SADER, E. (Org). Lula e Dilma: 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2013.

SINGER, A. Os sentidos do Lulismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

WOOD, E. M. A origem do capitalismo, Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Downloads

Publicado

2020-01-02

Como Citar

Corrêa, A. E. C. (2020). Global players, mineração e crise: o crime da produção de valor. Lutas Sociais, 22(41), 268–279. https://doi.org/10.23925/ls.v22i41.46682