experiência místico-religiosa como ponto de partida da análise da práxis cristã

Autores

  • André Anéas Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, na qual é também docente Mestrando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2177-952X.2016v10i18p61-75

Palavras-chave:

Experiência místico-religiosa, Práxis, Espiritualidade, Teologia

Resumo

Esta pesquisa se propõe a ser uma forma de análise da práxis cristã, tendo como ponto de partida a experiência místico-religiosa. A resposta de Friedrich Schleiermacher ao Iluminismo tem muito a nos beneficiar, principalmente se levarmos em consideração as críticas de Rudolf Otto. A compreensão do “sentimento de dependência” em Schleiermacher, que se torna em Otto “sentimento de criatura”, e a realidade da experiência de Deus que se conecta à práxis, nos fornecem um excelente ponto de partida para compreensão daquilo que move as pessoas a uma vida de renúncia, servidão e comprometimento com valores e princípios do Evangelho de Jesus Cristo. Com base em uma pesquisa de campo, foi possível perceber que existe uma conexão entre a práxis cristã e a experiência religiosa. Quando há experiência religiosa, há ações cristãs executadas com naturalidade, com maior incidência do que quando não existe tal experiência. Podemos ter muito a perder se acaso deixarmos de considerar o aspecto experiencial da fé cristã com o sagrado. Em primeiro lugar, em nossas formulações teológicas, as quais podem, em maior ou menor grau, enfatizar em demasia aspectos antropocêntricos, deixando de lado o aspecto numinoso. Em segundo lugar, perderemos a oportunidade de influenciar a igreja a vivenciar uma prática espiritual real, que considere, com toda a relevância devida, a experiência de fé e não somente aspectos catequéticos. Por fim, perderemos a possibilidade de analisar a vida de fé, tendo como ponto de partida a experiência de Deus, que pode ter sido agente influenciador número um para uma vida de exemplo de práxis cristã genuína.

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Publicado

2016-12-26

Edição

Seção

ARTIGOS