ANÁLISE DO LIVRO DE ESTER: A AÇÃO POLÍTICA DO CRISTÃO BRASILEIRO E A EXPERIÊNCIA DE DEUS

Autores

  • André Anéas Mestrando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo Professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo Pastor na Igreja Batista Mundo Novo

DOI:

https://doi.org/10.23925/2177-952X.2017v11i20p67-79

Palavras-chave:

Religião, Política, Ester, Experiência de Deus

Resumo

Chama-nos a atenção a relação político-religiosa desenvolvida por cristãos no ambiente laico da política brasileira. O portal de notícias Último Segundo destacou que o nome de Deus foi citado 59 vezes, quase a mesma quantidade de vezes que o termo “corrupção”, na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Será que as experiências de fé destes políticos os impulsionam para estes tipos de declarações – ou seu Deus assim os exige? Ou então, será que os ensinamentos doutrinários destes cristãos os levam a tais pronunciamentos político-religiosos (mais religiosos neste caso)? É objetivo da presente pesquisa propor um caminho para o cristão brasileiro desenvolver sua vida política em harmonia com sua experiência de Deus e em harmonia com a realidade laica do Estado Democrático de Direito. O livro de Ester, presente no cânon católico e protestante, cujo assunto predominante é a relação política entre as personagens da história, nos fornece princípios que nos ajudam neste tipo de relação. Além disto, Joseph Ratzinger nos ajuda a aprofundar a relação entre política e religião e João Calvino colabora para a amplitude do significado da experiência de Deus relatada no livro de Ester (oração e jejum). Estes princípios de Ester somados às opiniões dos teólogos com que dialogamos colaboram para que este cristão contemporâneo possa reger sua vida política de forma coerente com sua experiência de Deus e de forma coerente com o ambiente político brasileiro.

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Publicado

2018-02-15

Edição

Seção

ARTIGOS