A indeterminação sob suspeita no cinema brasileiro contemporâneo: os distintos casos de Filmefobia e Pan-cinema permanente

Autores

  • Ilana Feldman Universidade de São Paulo (ECA/USP)

Palavras-chave:

indetermination, cynicism, Brazilian documentary, biopolitics

Resumo

Dentre alguns filmes brasileiros recentes - sobretudo aqueles tomados por documentais - que investem na autoficção e na problematização das próprias prerrogativas, colocando sob suspeita seus procedimentos ou produzindo suas próprias esquivas, privilegiaremos Filmefobia (Kiko Goifman, 2009) e Pan-cinema permanente (Carlos Nader, 2008), que, a despeito de suas evidentes diferenças e de seus distintos efeitos estéticos e políticos, operam em um horizonte biopolítico de indeterminação: tais como o trânsito entre autenticidade e encenação, pessoa e personagem, experiência e jogo, vida e performance, documentário e ficção. Longe do simples elogio às potencias estéticas da indeterminação, que, como veremos, podem operar politicamente como condição do cinismo e de toda sorte de estados de exceção, trata-se de colocar o conceito sob suspeição.

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Biografia do Autor

Ilana Feldman, Universidade de São Paulo (ECA/USP)

Ilana Feldman é pesquisadora, crítica e realizadora. Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Comunicação também pela Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF) é, atualmente, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo (ECA/USP). É colaboradora das revistas eletrônicas Trópico (UOL) e Cinética, tendo sido co-editora da publicação Estéticas da Biopolítica: audiovisual, política e novas tecnologias. Cinética / Programa Cultura e Pensamento (MinC), 2008. Disponível em: http://www.revistacinetica.com.br/cep

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Publicado

2010-12-30

Edição

Seção

Dossiê | Dossier