Iludindo o Demônio – como a informação física extremada se aplica à semiose e à comunicação

Autores

  • B. Roy Frieden University of Arizona
  • Vinicius Romanini University of São Paulo

Palavras-chave:

Semiose, Informação física extrema, Peirce, Fisher, Frieden, Comunicação

Resumo

C. S. Peirce afirma que um signo representa apenas algum aspecto de um objeto, o que implica que nenhuma representação pode ser perfeita. A forma – ou informação – fundamentando a habilidade do signo para representar seu objeto é sempre, em alguma medida, deficiente. Se tomarmos a diferença entre a forma do objeto e a forma representada em um signo como sendo física, o fluxo da semiose pode ser considerado como um fluxo de informações, e conseqüentemente, um jogo de conhecimento por meio do qual o interpretante tenta melhorar a informação que fundamenta o signo, ampliando sua habilidade de representar. O outro jogador envolvido, o objeto dinâmico, faz o papel de demônio, sempre mudando sua forma para escapar a uma completa interpretação simbólica. A teoria da Informação Física Extrema (IFE), formulada pelo físico norte-americano Roy Frieden (1995 e 2000), mostra como a compensação desse jogo sempre favorece o interpretante. Isto explica porque a semiose é teleológica e tende naturalmente na direção de um aumento de informação e conhecimento em uma comunidade de interpretantes pragmaticamente engajada na inquirição por meio da comunicação. Isso também explica porque a inteligência evolui entre as criaturas vivas – suas observações tendem a ser precisas e a precisão é um pré-requisito para o comportamento eficaz. Resulta disto que suas aptidões crescem de tal modo que a evolução favorece sua existência.

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